Na gestualidade de professoras e bebês, o corpo fala de relações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25053/redufor.v5i14mai/ago.1647

Palavras-chave:

Corpo, Educação Infantil, Creche, Relação adulto-bebê

Resumo

O corpo é materialidade, substância viva, pulsante, mediadora das relações humanas e, neste trabalho, ocupa o centro da discussão. Ao buscar pelas relações corporais tecidas entre professoras de Educação Infantil e bebês, em uma pesquisa de doutorado em andamento, os dados foram gerados por meio de observações em uma creche pública do interior mineiro. Nas observações, produziram-se sequências fotográficas, focando momentos de contato corporal entre adultos e bebês, ao longo do cotidiano educativo. Posteriormente, algumas sequências foram apreciadas e discutidas em encontros com as professoras participantes da pesquisa. Alguns dos resultados evidenciaram tipologias de movimentos relacionais aproximados, identificados nos gestos desenhados entre bebês e adultos. As imagens recolhidas revelam também a necessidade de mais tempos e de espaços ao ar livre para potencializar experiências de corpos expandidos, que olham para Si e para o Outro, dialogando, produzindo sentidos com a/na natureza.

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Biografia do Autor

Patrícia Vieira Bonfim, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal Fluminense. Pedagoga no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - campus Muriaé. Membro do Círculo de estudo e pesquisa FIAR – Formação de professores, Infância e Arte.

Luciana Esmeralda Ostetto, Universidade Federal Fluminense

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2006), mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1992). É professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, atua na pós-graduação (Mestrado e Doutorado em Educação) e na graduação (curso de Pedagogia).

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Publicado

2020-02-10

Como Citar

BONFIM, P. V.; OSTETTO, L. E. Na gestualidade de professoras e bebês, o corpo fala de relações. Educ. Form., [S. l.], v. 5, n. 14, p. 115–132, 2020. DOI: 10.25053/redufor.v5i14mai/ago.1647. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/1647. Acesso em: 28 mar. 2024.