O Público e o Privado https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado <p>O periódico <strong>O público e o privado</strong> (PP) é uma publicação acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Destina-se a publicar e divulgar trabalhos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros com relevância e inserção na produção de conhecimentos teóricos e empíricos na área das ciências humanas e sociais. O periódico tem como objetivo promover a produção e a socialização do conhecimento acadêmico por meio da publicação de artigos temáticos, artigos de fluxo contínuo, entrevistas, traduções, relatórios de pesquisas e resenhas. Busca,ainda, incentivar a criação, manutenção e ampliação de redes entre pesquisadores de Universidades nacionais e internacionais.</p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: B2 Sociologia<br />Prefixo DOI: 10.52521<br />e-ISSN: 2238-5169 | ISSN: 1519-5481</span></p> EdUECE - Editora da Universidade Estadual do Ceará pt-BR O Público e o Privado 1519-5481 <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a></p> Institucional https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15866 <p>.</p> Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15866 e15866 Expediente https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15868 <p>.</p> Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15868 e15868 Apresentação https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15800 <p>.</p> Emerson José Sena da Silveira Emanuel Freitas da Silva Copyright (c) 2025 Emanuel Freitas da Silva, Emerson José Sena da Silveira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15800 e15800 10.52521/opp.v23n1.15800 A economia moral da esfera pública https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15221 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo visa refletir como o pentecostalismo perturba categorias estabelecidas para os estudos da religião no Brasil, especialmente a dicotomia público-privado e, consequentemente, o papel da religião na esfera pública. Essa reflexão dar-se-á a partir de dois eventos acontecidos em Brasília e liderados pelo pastor Silas Malafaia (um dos principais opositores dentre os líderes pentecostais às políticas progressistas), nos quais fiz de trabalho de campo com observação participante:&nbsp; a participação de sua igreja nos protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 e o chamado Ato Profético pelo Brasil, realizado </span><span style="font-weight: 400;">bem na sequência da aprovação do processo do impeachment na Câmara. </span><span style="font-weight: 400;">Sem abandonar a noção de esfera pública habermasiana, mas cotejando-a com as críticas feminista e dos estudos do secularismo dirigidas a essa mesma noção, quero apresentar o que chamo de economia moral da esfera pública e com isso contribuir para esclarecer o fenômeno da atuação pública pentecostal na sociedade brasileira.</span></p> Cleonardo Gil de Barros Mauricio Junior Copyright (c) 2025 Cleonardo Gil de Barros Mauricio Junior https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15221 e15221 10.52521/opp.v23n1.15221 Controvérsias públicas a partir de notícias https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15126 <p>Este artigo tem como objetivo problematizar a visão monolítica da laicidade brasileira frequentemente presente nos conteúdos jornalísticos, especialmente no que tange à dificuldade em diferenciar esfera e espaço público. Essa abordagem, alinhada ao consenso jurídico-político vigente no Brasil, dificulta a compreensão das motivações, ações e projetos promovidos por grupos religiosos – sobretudo denominações evangélicas – em espaços de convivência social, como as instituições escolares. Sustento que essa “miopia”, decorrente das disputas entre diferentes campos de poder, limita a reflexão sobre as moralidades religiosas envolvidas e as reais consequências que algumas denominações religiosas vêm alcançando nas últimas décadas. Para exemplificar algumas premissas que norteiam os conteúdos do jornalismo brasileiro sobre a presença da perspectiva religiosa nas escolas públicas, analiso uma reportagem publicada pelo portal de notícias UOL em janeiro de 2025.</p> Bruno Ferraz Bartel Copyright (c) 2025 Bruno Ferraz Bartel https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15126 e15126 10.52521/opp.v23n1.15126 Os “abomináveis” https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15145 <p>O texto analisa os discursos de um casal de candidatos evangélicos durante a campanha eleitoral de 2022 no Ceará, focando na construção retórica de seus “inimigos” políticos. Trata-se de uma pesquisa documental tomando como material de análise as postagens dos candidatos na rede social Instagram, no pleito eleitoral de 2022. O foco da análise de conteúdo das postagens está nas três categorias que eles identificam como “abomináveis”: a esquerda, o Lula e o feminismo. O estudo demonstra como os candidatos empregam uma linguagem carregada de emoção, guerra e demonização para mobilizar seus eleitores, associando seus oponentes a “forças do mal” (Satanás e comunismo) e ameaçadoras da família tradicional. Essa estratégia de construção de identidade e mobilização política explora a tensão entre valores religiosos conservadores e mudanças sociais, e a utilização de narrativas de ameaça e medo para polarizar o eleitorado.</p> Glesdstone Almeida Melo Francisco Elionardo de Melo Nascimento Luiz Gomes da Silva Neto Edival Saraiva de Oliveira Neto Geovani Jacó de Freitas Copyright (c) 2025 Glesdstone Almeida Melo, Francisco Elionardo de Melo Nascimento, Luiz Gomes da Silva Neto , Edival Saraiva de Oliveira Neto, Geovani Jacó de Freitas https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15145 e15145 10.52521/opp.v23n1.15145 Quando o grafite é sagrado https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/14840 <p><span style="font-weight: 400;">Nesse artigo buscamos compreender as conexões entre os campos da arte, cidade e religião, a partir de uma investigação sobre como os referenciais religiosos são ativados e operados pelo grafite. Nos perguntamos sobre como a religiosidade, mediada pelo grafite, age como um campo de disputa simbólica no espaço urbano? De que forma o “spray sagrado” reflete e comunica moralidades religiosas específicas que contrastam com as hegemônicas ou secularizadas? À vista disso, realizamos uma </span><em><span style="font-weight: 400;">etnografia visual</span></em><span style="font-weight: 400;">, onde mapeamos através das lentes fotográficas os grafites religiosos. Ademais, nos aproximamos da cena do grafite, e realizamos tanto entrevistas com os artistas, como participamos das suas atividades de ocupação e mutirão. O recorte geográfico é a cidade do Recife, as regiões Norte, Sul e Centro foram escolhidas tanto por serem espaços com uma forte presença religiosa, como também por serem localidades onde os grafites são recorrentes. No contexto recifense, o grafite religioso se manifesta através do </span><em><span style="font-weight: 400;">cristianismo motivacional</span></em><span style="font-weight: 400;">, do </span><em><span style="font-weight: 400;">cristianismo da batalha</span></em><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">cristianismo enraizado</span></em><span style="font-weight: 400;"> e da </span><em><span style="font-weight: 400;">ancestralidade e estética negra.</span></em></p> Maria Eduarda Antonino Vieira Copyright (c) 2025 Maria Eduarda Antonino Vieira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e14840 e14840 10.52521/opp.v23n1.14840 Populismo e Religião https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15073 <p><span style="font-weight: 400;">Com foco no populismo religioso, objetiva-se analisar&nbsp; práticas e discursos de Jair Bolsonaro durante&nbsp; o mandato presidencial no Brasil (2019-2022). A investigação abordou&nbsp; relações institucionais entre líderes religiosos e o governo federal. Neste sentido, o trabalho analisa nomeações de líderes evangélicos, bem como decretos e leis que tangenciam os interesses compartilhados entre esses atores. Realizou-se também uma análise dos discursos proferidos por figuras políticas do campo evangélico, destacando-se particularmente as declarações de Bolsonaro. Constatou-se uma pauta discursiva embasada numa luta de “bem” contra o “mal” e no “nós” contra “eles”; numa espécie de guerra santa contra a esquerda, que, supostamente, atentaria contra a família e os ideais do cristianismo conservador.</span></p> Edson Lugatii Silva Bissiati Fabrício Roberto Costa Oliveira Copyright (c) 2025 Edson Lugatii Silva Bissiati, Fabrício Roberto Costa Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15073 e15073 10.52521/opp.v23n1.15073 Editorial https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15837 <p>Editorial.</p> Francisco Elionardo de Melo Nascimento Francisco Thiago Rocha Vasconcelos Kauhana Hellen de Sousa Moreira Luiz Gomes da Silva Neto Nádia Amaro do Carmo Nando Rodrigues de Sousa Copyright (c) 2025 Francisco Elionardo de Melo Nascimento; Francisco Thiago Rocha Vasconcelos, Kauhana Hellen de Sousa Moreira, Luiz Gomes da Silva Neto, Nádia Amaro do Carmo, Nando Rodrigues de Sousa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15837 e15837 10.52521/opp.v23n1.15837 A política de controle das polícias no Brasil e a especificidade de um modelo de controle “hibrido”: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/14863 <p>Este artigo busca descrever, compreender e analisar as políticas de controle das forças de segurança pública no Brasil e, mais especificamente, a criação de um novo modelo de controle das atividades policiais no Ceará após a redemocratização. Observe-se que crises na segurança pública são propulsoras de mudanças nas políticas de controle das atividades policiais e, não por acaso, ganharam destaque nacional e local, como foi o caso dos governos Tasso Jereissati (1995–1999) e Cid Gomes (2011-2014). O primeiro com a criação de um modelo único, inovador, que se baseou na unificação dos processos de correição policial no mesmo órgão e fora das instituições policiais e do corpo de bombeiros militares. E, uma década depois, o governador Cid Gomes, diante de mais uma crise na segurança pública, em 2011, transformou a corregedoria Única, como ficou conhecido, na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD), incorporando a ela os policiais penitenciários. A questão que se coloca hoje é como esse “modelo inovador de correição e disciplina” para as forças de segurança do Ceará garantirá continuidade às suas ações diante das condições de possibilidades das agendas governamentais em um campo marcado por disputas políticas e interesses corporativos, como já se pode ver com a aprovação, em 2023, pelo Senado Federal das novas leis orgânicas das Polícias Civis e Militares e do Corpo de Bombeiros Militar, que podem mudar toda essa configuração.</p> <p>Palavras-chave: Controle policial. Agenda governamental. Políticas de segurança pública.</p> Emanuel Bruno Lopes Maria Glauciria Mota Brasil Lara Abreu Cruz Copyright (c) 2025 Emanuel Bruno Lopes, Maria Glauciria Mota Brasil, Lara Abreu Cruz https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e14863 e14863 10.52521/opp.v23n1.14863 A reforma da previdência de 2019 e seus impactos sociais regressivos https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/10984 <p>O artigo é resultado de uma pesquisa teórico-bibliográfica e documental. O objetivo é analisar as mudanças na previdência social ocorridas durante o governo Bolsonaro. No Brasil, os direitos previdenciários foram resultado de lutas da classe trabalhadora brasileira em busca de uma seguridade social que proteja os cidadãos durante a vida laboral e após a sua aposentadoria. A reforma previdenciária do governo Bolsonaro foi realizada para atender aos interesses do capital financeiro rebaixando as condições de vida da classe trabalhadora brasileira e dificultando o acesso a uma aposentadoria digna. O estudo evidencia que houve regressão nos direitos que foram conquistados em 1988 na Constituição da República Federativa do Brasil e postula a necessidade de uma revisão da reforma previdenciária que possibilite a anulação dos pontos negativos aos trabalhadores.</p> Mauri Antonio Silva Copyright (c) 2025 Mauri Antonio Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-05-15 2025-05-15 23 1 e10984 e10984 10.52521/opp.v23n1.10984 Suporte aos Agentes Comunitários de Saúde em cenários de violência https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/14793 <p>Este relato descreve a experiência formativa com Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no curso "Cuidando dos Conflitos e Prevenção à Violência nos Territórios", baseada na pesquisa da Fiocruz/CE sobre o impacto da covid-19 e da violência na saúde mental e no trabalho dos ACS. Com abordagem teórico-vivencial, a formação favoreceu o 'grupo sujeito', no qual os membros se constituem agentes de enunciação, desejo e criação institucional, utilizando metodologias dialógicas como Círculos de Construção de Paz (CCP), Comunicação Não Violenta (CNV) e Mediação de Conflitos (MC). Na formação foram aplicados instrumentos variados, como escrevivências e observação participante. Os ACS avaliaram o curso como relevante para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, com impacto no autocuidado, na habilidade de lidar com conflitos e nas relações interpessoais. A experiência destaca a importância de formações permanentes e alinhadas às necessidades do serviço como estratégia de fortalecimento e proteção dos profissionais de saúde diante dos desafios da violência no cotidiano.&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Agentes Comunitários de Saúde. Círculos de Construção de Paz. Comunicação Não Violenta. Mediação de Conflitos. Violência.</p> <p>&nbsp;</p> Maria Cristiane Lopes da Silva Renato Ângelo de Almeida Moreira Maria de Fátima Antero Sousa Machado Maria do Socorro de Sousa Cibelly Melo Ferreira Anya Pimentel Gomes Fernandes Vieira Meyer Geovani Jacó de Freitas Copyright (c) 2025 Maria Cristiane Lopes da Silva, Renato Ângelo de Almeida Moreira, Maria de Fátima Antero Sousa Machado, Maria do Socorro de Sousa, Cibelly Melo Ferreira , Anya Pimentel Gomes Fernandes Vieira Meyer, Geovani Jacó de Freitas https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-05-15 2025-05-15 23 1 e14793 e14793 10.52521/opp.v23n1.14793 Soundgarden https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/14663 <p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho procura entender e explorar as ideias de risco e de excesso enquanto categorias sociológicas de análise. Tomando como exemplo heurístico o movimento grunge que se inicia em Seattle em meados dos anos 1980 – e em especial a banda Soundgarden – essa digressão busca costurar as expressões estilísticas, performáticas e sonoras do grunge a partir de um conjunto complexo de condicionantes sociais e culturais que lhe são externas. Operando a partir da sociologia cultural, tentaremos situar o </span><em><span style="font-weight: 400;">grunge</span></em><span style="font-weight: 400;"> no quadro mais amplo de profundas transformações experimentadas nas duas últimas décadas de século XX, descrevendo o papel das ansiedades geracionais para a cultura. </span></p> Henrique Grimaldi Figueredo Paula Guerra Copyright (c) 2025 Henrique Grimaldi Figueredo, Paula Guerra https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-05-15 2025-05-15 23 1 e14663 e14663 10.52521/opp.v23n1.14663 A Igreja Católica como agência moral https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/15757 <p>O artigo investiga a Igreja Católica como uma “agência moral”, articulando fundamentos teóricos e empíricos para compreender seu funcionamento enquanto instituição geradora de comportamentos prescritivos. Com base em Ernst Troeltsch, destaca-se o papel da doutrina do direito natural como suporte de uma moralidade universal que legitima a autoridade moral da Igreja em relação positiva com o mundo. A partir de Max Weber, demonstra-se que essa moral não é unitária nem elitista, mas estratificada, ajustando-se à diversidade dos fiéis. As reformas promovidas pelo Papa Francisco, especialmente <em>Amoris Laetitia</em> e <em>Fiducia Supplicans</em>, são analisadas como momentos de tensão que, longe de romper com a tradição, reafirmam a lógica adaptativa da moral católica. Mesmo introduzindo elementos inovadores, essas reformas mantêm intacta a estrutura tomista, revelando a plasticidade da ética católica diante da modernidade. O estudo contribui para a sociologia da moralidade ao oferecer uma chave interpretativa para compreender o ethos institucional da Igreja Católica.</p> Carlos Eduardo Sell Copyright (c) 2025 Carlos Eduardo Sell https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-04 2025-07-04 23 1 e15757 e15757 10.52521/opp.v23n1.15757