Revista KIXARÁ

MÔNICA MAGALHÃES CAVALCANTE E SEU LEGADO PARA A LINGUÍSTICA TEXTUAL BRASILEIRA

Mayara Arruda Martins — 2025-03-08

Não se aplica.

D’AS BRUMAS DE AVALON, SURGE MARION ZIMMER BRADLEY

Santa Paixão Ribeiro de Sousa — 2025-03-08

Nossa femenageada tem, para nós, uma importância singular: sua obra mais laureada – As Brumas de Avalon (1979) – tem sido a base sobre a qual vimos pesquisado cientificamente desde a graduação. Foi sobre ela o Trabalho de Conclusão de Curso/TCC (2022) da licenciatura que cursamos em Letras Língua Portuguesa na Universidade Estadual do Ceará (Uece) e é sobre essa autora e sua obra-prima que têm sido vários de nossos trabalhos acadêmicos desde então (a maioria deles concebidos em parcerias formadas dentro do Grupo de Estudos Filhas de Avalon) na forma de artigos, capítulos de livros e comunicações orais (com as publicações nos anais desses eventos). Para honrar a memória dessa escritora pioneira e agradecê-la por ser uma inspiração indiscutível para nós, tecemos estas linhas sobre ela, à guisa de panegírico.

O PIONEIRISMO DE RACHEL DE QUEIROZ

Caroline Batista Fantini de Novais — 2025-03-08

A femenageada neste panegírico é, para nós, muito especial. Dentre as suas múltiplas obras, Memorial de Maria Moura (1992) foi a escolhida para nos guiar como objeto de estudo no Mestrado em Língua Portuguesa que finalizamos na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Vimos refinando nossa investigação nesse sentido – especialmente por meio da nossa participação ativa noGrupo de Estudos Filhas de Avalon, do qual somos Membra Fundadora – investigando e publicando sobre beletristasnacionais e internacionais que, diferentemente de Rachel de Queiroz, tiveram protagonismo em suas vidas e legadosliterários, mas não as mesmas oportunidades nem a mesma visibilidade.

GILKA MACHADO

Adriele Oliveira da Silva — 2025-03-08

Não consta.

AGATHA CHRISTIE

Amanda van Baak Jansen — 2025-03-08

Um resumo sobre a vida de Agatha Christie.

MURASAKI SHIKIBU

Maria Luiza Honorio Zhou Lin — 2025-03-08

Este artigo apresenta brevemente a escritora japonesa Murasaki Shikibu (978? - 1015 ou 1026?), autora do primeiro romance conhecido, datado do século XI. Sua obra, Narrativas de Genji (Genji Monogatari), contempla grande parte dos costumes da sociedade Heian, na qual a mulher vivia à mercê da figura masculina. Sendo assim, a fim de contextualizar esse período, nos baseamos nos estudos de Takenaga (1987) e Suzuki (2003) e outros. Concomitantemente, fizemos o levantamento biográfico, ainda que infelizmente escasso, de Murasaki Shikibu, seguido do enredo de seu Magnum Opus. Concluímos esta pesquisa pontuando sobre a dificuldade para se encontrar estudos acadêmicos brasileiros acerca de Murasaki Shikibu e das Narrativas de Genji, o que aponta para a necessidade de alterarmos esse cenário da Literatura hegemonicamente ocidental e falocêntrica, parcialmente permeável ao que é oriental que, via de regra, é apreciado apenas (ou mais) por sua exoticidade,
quando tem tanto a nos ensinar e oferecer. Importa propagarmos o nome e o feito de Shikibu, que não em vão é reverenciada no Japão há mais de dez séculos. O fato de ela ser a autora do primeiro romance literário publicado no mundo nos dá a exata medida de sua extrema importância, de seu irrepetível legado.

RIO-PAI, LÁGRIMA-MÃE

Sarah Diva da Silva Ipiranga — 2025-03-08

Em “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa, e “Olhos d’água”, de Conceição Evaristo, desenvolvem-se tramas com aportes nos encontros e desencontros entre pais e filhos. Como paisagem que serpenteia essa “parentia”, encontram-se, no primeiro, um rio; e no segundo, as lágrimas. Em ambas as narrativas, filho e filha, respectivamente, que se encontram no espaço da falta (o desparecimento do pai e a indefinição da cor dos olhos da mãe), empreendem uma busca em direção a uma imagem, paterna e materna, que possa configurar uma presença. Essas duas imagens acionam identidades do masculino e do feminino, da paternidade e da maternidade, como espaços que transitam entre a história e a intimidade, o afeto e o poder. Ambas as tramas contam com vários outros operacionais de leitura, como as questões sociais do campo e da cidade. Por isso, a nossa fundamentação teórica inclui uma abordagem histórica e sociológica (Ariès, 1981; Perrot, 1991; Elias, 1994), filosófica (Badiou, 1995; Han, 2023) e do pensamento acerca da pretitude e da ancestralidade (Oliveira, 2018). Ao final, percebemos que, em ambas as tramas, a água é o condutor (e o dispersor) das identidades que vão se construindo nos contos e reconfigurando os lugares de mãe-pai-filha-filho.

DEMOCRATIC AND PARTICIPATORY MANAGEMENT IN BRAZILIAN PUBLIC SCHOOLS

Francisca Regilânia Ferreira Lima — 2025-03-08

This article aims to discuss the importance of democratic and participatory management in public schools, demonstrating how possible this experience can be, as it is in Sobral, a city in Ceará County. In a country that has recently gone through a gradual and, finally, acute process of complete obscurantism due to retrograde governments in every sense, and, with special emphasis, in Education, being in a progressive government as we currently are, opens up space for us to give new meaning to rigid teaching concepts that had tied us to a past without much progress in this area. With a school model that emphasizes the dialogue between teaching and society, achieving excellence becomes easier. To support the assumptions we bring here, we are based on some Education theorists, such as Freire (2000), Lück et al. (2007), Paro (2010; 2005) and Valerien (1993). We conclude that in light of what is happening in Sobral City, it is fully possible to have schools whose democratic and participatory management points to greater advances in pedagogical and social terms.

ANÁLISE SEMIÓTICA DAS FUNÇÕES DAS PERSONAGENS DO CONTO “HANSEL E GRETEL”, COMPILADO PELOS IRMÃOS GRIMM

Brenda Lima dos Santos Lopes — 2025-03-08

Neste artigo, analisamos o conto “Hansel e Gretel”, como compilado pelos Irmãos Grimm, aplicando a teoria de Propp (2001) para os contos de fadas, conforme estudada nas aulas de Literatura e Semiótica do curso de Licenciatura em Letras Língua Portuguesa da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Objetivamos, assim, identificar e exemplificar as funções narrativas propostas por esse teórico no conto, discutindo o papel e a evolução das personagens. Utilizamos também estudos como os de Greimas (1987) e Tatar (2002) para fundamentar nossas considerações. A análise revelou a presença das funções narrativas proppianas neste conto, identificando as dinâmicas entre as personagens principais. A abordagem integrada permitiu explorar as dinâmicas psicológicas e sociais presentes nele, considerando aspectos como gênero, poder e responsabilidade parental. Concluímos que as adaptações culturais e temporais dos contos de fadas destacam a relevância contínua dessas narrativas na sociedade contemporânea e que, apesar de a teoria de Propp (2001) fornecer embasamento para a análise de contos maravilhosos, a análise crítica das dinâmicas familiares e sociais demanda que tenhamos modelos mais precisos para descrever personagens em contextos atuais, contemporâneos.

O ITINERÁRIO POÉTICO DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, O GAUCHE

Luciana Bessa Silva — 2025-03-08

O gauche, personalidade estética do poeta Carlos Drummond de Andrade, segundo Affonso Romano de Sant’Anna (1992), é o tema deste artigo. Desse modo, propomo-nos a percorrer o universo torto, esquerdo, marginalizado e dorido da poética drummondiana. Inicialmente, conheceremos alguns detalhes biográficos acerca do autor; depois discutiremos o papel do eu lírico e abordaremos o aspecto gauche, anunciado na obra de estreia, Alguma Poesia (1930). Em seguida, percorremos Brejo das Almas (1934), Sentimento do Mundo (1940) e A Rosa do Povo (1945), buscando aspectos dessa característica gauche. Trata-se de um trabalho bibliográfico, cujos aportes teóricos são: Sant’Anna (1980), Santiago (1976) e Andrade (2015), etc. Partindo da assertiva de Humberto Eco (1968) de que “a obra é aberta”, adotaremos o método interpretativo/hermenêutico; atentaremos para os aspectos biográficos, históricos e estilísticos próprios do autor. Drummond, detentor de uma essência e de uma escrita ao modo gauche de ser, foi um dos importantes poetas do século XX e, à guisa de homenagem, aqui trazemos seu itinerário poético, anelando que esta pesquisa sirva de base para investigações presentes e futuras sobre o nosso gauche, fazendo jus à sua relevância.

ALGUMAS SIMILARIDADES E DISTINÇÕES FONOLÓGICAS ENTRE O PORTUGUÊS E O ESPANHOL E SUAS IMPLICAÇÕES DIDÁTICAS

Michelle Soares Pinheiro — 2025-03-08

Este artigo focaliza as similaridades e discrepâncias fonológicas entre o português e o espanhol, considerando as implicações pedagógicas dessa conexão para o ensino do português como segunda língua, especialmente quanto aos falantes nativos do espanhol. Utilizando-se de uma abordagem qualitativa e embasada em uma extensa revisão bibliográfica de autores especialistas, como Coutinho (1976) e Sáez et al. (2002), dentre outros, o estudo contempla uma perspectiva histórica e fonológica das duas línguas. Embora o português e o espanhol compartilhem uma origem comum no latim e apresentem pontos de convergência fonológica que facilitam o processo de aprendizado, existem também dissonâncias significativas – como a presença de vogais médias abertas, a variação na pronúncia das consoantes e o fenômeno da monotongação de ditongos – que não coincidem em ambos os idiomas e podem representar uma barreira importante para docentes e discentes em dados momentos. Tais particularidades, muito frequentemente, impõem exigências metodológicas específicas que ultrapassam os recursos didáticos tradicionais e demandam uma abordagem diferenciada e contrastiva no ensino do português que nem sempre é utilizada. Concluímos que o percurso histórico dessas línguas e suas evoluções distintas ao longo dos séculos moldaram estruturas fonológicas que incidem diretamente sobre o ensino-aprendizado do português como segunda língua.

120 AÑOS DE LUISA CARNÉS

Ana Paula Cabrera — 2025-03-08

Este artigo objetiva mostrar a vida e a obra de Luisa Carnés, escritora espanhola exilada no México, fugindo da ditadura franquista, e que estaria completando 120 anos em 3 de março de 2025. Sua obra, majoritariamente inédita no Brasil, tem a autora desse artigo como a única investigadora brasileira autorizada pela família de Luisa Carnés para divulgá-la em nosso país. Sendo assim, esta pesquisa é de abordagem qualitativa, de objetivo exploratório e de natureza básica, amparando-se teoricamente nos trabalhos de Cabrera (2024; 2020), Rejano (1978, 1966) e Valle (1947). Esperamos, ao final dessa investigação que ora fazemos dessa autora prestigiosa, haver exposto aqui toda a sua grandeza ainda desconhecida – inclusive em seu rincão de origem, a Espanha.

IMAGINÁRIO E MELANCOLIA EM VERSOS

Luiza Liene Bressan da Costa — 2025-03-08

Este estudo traz à tona a alma feminina marcada pelos símbolos que sugerem a dor, a melancolia e o vazio existencial presentes na vida e, consequentemente, na obra de Florbela Espanca. Trata-se aqui de uma análise poética, um estudo descritivo, de estofamento bibliográfico, cuja linha teórica está centrada nos estudos do Imaginário de Durand (2012), objetivando compreender os sentimentos ecoados nos poemas “Lágrimas Ocultas” e “A Minha Dor”, da poetisa, que foram publicados no Livro de Mágoas (1919). Buscamos, a partir desses sonetos, analisar a manifestação da melancolia e da dor nessa beletrista emblemática para a Literatura Portuguesa. Também estudamos, ainda que de forma sucinta, os desdobramentos do feminino que reverberam nos poemas em análise e repercutem na biografia da autora, em palavras doridas que espelham os inúmeros sofrimentos que ela vivenciou. Para isso, fundamentamo-nos em Araujo (2020), Frazão (2024) e outros estudiosos. Por meio deste trabalho, foi-nos possível compreender o imaginário das dores advindas do amor exposto na produção de Florbela Espanca. Portanto, concluímos que esta é uma investigação acadêmica válida e que colabora, junto com outras investigações de nossos pares, para resgatar o brilhantismo e o pioneirismo de Florbela Espanca, silenciados pelo cânone literário português, mau grado seu.

EXPEDIENTE

Yls Rabelo Câmara — 2025-03-08

EDITORIAL

Yls Rabelo Câmara — 2025-03-08