Indígenas sertanejos e o Tupi Nheengatu
resistência e luta contra a mineração e pela demarcação da terra
Palavras-chave:
Tupi Nheengatu, Movimento Indígena, Mineração, DemarcaçãoResumo
O presente artigo objetiva visibilizar a trajetória de luta e resistência dos povos indígenas do sertão do Ceará, através da retomada da língua tupi-nheengatu, sendo essa uma das formas de resistência a megaprojetos que ameaçam seu território. Ocupando ancestralmente a Terra Indígena Serra das Matas, as etnias Potiguara, Tabajara, Gavião e Tubiba-Tapuia, lutam pela demarcação de suas terras em meio a diversos enfrentamentos de mineração, a exemplo do Consórcio Santa Quitéria que ameaça explorar urânio e fosfato. Esses territórios se encontram no estado do Ceará, nos municípios de Monsenhor Tabosa, Tamboril, Boa Viagem e Santa Quitéria. Realizamos esse trabalho a partir de aproximações com a Articulação Antinuclear do Ceará (AACE) e com o Movimento Indígena Potigatapuia. Também elaboramos as reflexões seguintes através de revisão bibliográfica e documental, bem como de participação em algumas oficinas de construção do protocolo de consulta livre, prévia e informada do referido movimento indígena, realizadas no período de outubro de 2023 a março de 2024. Essa articulação com o Movimento Potigatapuia está prevista no projeto de extensão Aguar: cultivando resistência e fortalecendo o modo de vida de povos e comunidades tradicionais do sertão cearense que estão na rota de risco da mineração de urânio e fosfato, aprovado na Chamada Pública Nº 84/2023. Alguns dos resultados iniciais confirmam a importância da língua materna na luta pela demarcação da terra indígena e, desta, no enfrentamento à mineração.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Iara Vanessa Fraga de Santana, Sarah Suyane Carneiro Silva, Lorrana Clara Castro Silva, Purumã Potyguara Wirawasu, Maria Arli Correia do Nascimento/ Sibá

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.