Embornal https://revistas.uece.br/index.php/embornal <div><strong>EMBORNAL</strong> é a revista eletrônica da ANPUH-CE, fundada em 2010 e de publicação semestral. Recebe artigos de profissionais de História, além de estudantes de graduação e pós-graduação. Nosso propósito é dar espaços para textos acadêmicos e de experiências didáticas em História no ensino fundamental, médio e universitário. Embornal é uma sacola a tiracolo que os agricultores usam para carregar sementes durante o cultivo de suas terras. Essa é a intenção da publicação. Um espaço de guarda das sementes de idéias e diálogos frutíferos dentro e, principalmente, fora da academia.</div> <div> <p><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: B2 Antropologia e Arqueologia<br />e-ISSN: 2177-160X</span></p> </div> Associação Nacional de História - Secção Ceará - ANPUH-CE pt-BR Embornal 2177-160X <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a></p> Apresentação https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11732 <p>Apresentação, sumário e expediente da revista.</p> Francisco José Gomes Damasceno Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 19 19 A OFICIALIZAÇÃO DO FESTEJAR https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11736 <p>O objetivo do presente artigo é empreender uma análise dos processos de regulação e normatização do campo festivo junino no Ceará, tendo como objeto de investigação a política de editais de apoio aos festejos no estado. Partimos da premissa de que a referida política foi determinante para alterar substantivamente o modo como os festejos juninos passaram a ser celebrados, afetando as práticas, os agentes e o campo festivo. Para tanto, são analisados os editais municipais e estaduais publicados no<br>início dos anos 2000, período em que, de fato, é possível identificar a lógica dos editais de apoio como uma política pública cultural, organizada de modo periódico e sistemático. Os resultados evidenciaram a figura do Estado como um forte agente nas transformações e nos novos contornos que a festa junina passa a ter nos últimos vinte anos, sobretudo no apelo à sua retradicionalização e reatualização. Para além dos aspectos contratuais evidentes através da política de editais, os elementos não contratuais trazidos pela mediação do poder público também operam condicionamentos na festa. A presença do Estado, contudo, não se dá sem conflitos com os demais agentes que também estruturam o campo, constituindo um jogo permanente de disputas e conflitos por posições e poder.</p> Hayeska Costa Barroso Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 23 23 “PAI NÃO AJUDA, PAI CUIDA” https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11737 <p>Por volta de 2015 o termo paternidade ativa passou a ter visibilidade nas redes sociais. Esse termo vem sendo utilizado como um elemento de distinção entre a paternidade tradicional que apresenta o pai como pai-provedor e uma “nova” forma de ser pai contemporânea que participa ativamente na economia do cuidado com os filhos e o lar e se propõe a dar uma educação embasada no respeito e empatia pela criança, esta entendida como um sujeito de direitos. Neste trabalho, buscamos demonstrar um dos elementos que caracteriza a paternidade ativa. Para isso acompanhamos as redes sociais de pais e influenciadores no Instagram no período de 2018-2021, o estudo foi realizado com uma abordagem qualitativa, ancorado no método da etnografia com a utilização das técnicas de observação participante, anotações em diário de campo e entrevistas. Como resultado desse estudo caracterizamos e conceituamos sociologicamente a paternidade ativa.</p> Tuany Abreu de Moura Francisco José Gomes Damasceno Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 17 17 CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DO PENSAMENTO PÓS-COLONIAL E DO GIRO DECOLONIAL PARA UMA ANÁLISE DO FENÔMENO DA BELLE ÉPOQUE NA MÚSICA, FESTAS E CELEBRAÇÕES EM FORTALEZA https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11738 <p>Este artigo tem como objetivo debater o fenômeno da Belle Époque em Fortaleza na perspectiva da música, festas e celebrações. Compreendo, antes de mais nada, a Belle Époque como um discurso que opera dentro da lógica da colonialidade, impondo um padrão de dominação desenvolvido pela modernidade que, por sua vez, incide na realidade dos corpos colocados em dissidência em relação às estruturas de poder. Nesse sentido, reflito sobre essas questões com base na leitura de autores do pensamento Pós-Colonial e do Giro Decolonial. Acredito que esse tipo de análise funciona como uma provocação que tenciona e enriquece a nossa agenda de problemas da Teoria da História.</p> Ana Luiza Rios Martins Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 12 12 O COLÉGIO JESUÍTA ENTRE A COMPOSIÇÃO DE IDEIAS E SONS NA BAHIA COLONIAL https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11739 <p>Neste trabalho, buscamos apontar a função sociocultural do Colégio Jesuíta da Bahia no Brasil Colonial, especialmente no que se refere à formação intelectual e catequese indígena. Por ser uma instituição de ensino que também atendia o público leigo, ou seja, cristãos e convertidos que não pertenciam às camadas eclesiásticas da igreja católica, o colégio da Bahia participava ativamente da vida política da então capital da colônia. Dessa forma, nos baseamos principalmente na proposta de Gouvêa, Frazão e Santos (2004) acerca das redes de poder e conhecimento, bem como a formação de círculos letrados idealizada por Souza (2015). Além deste referencial bibliográfico, usaremos também a análise de fontes primárias escritas por padres que estiveram no colégio, como Fernão Cardim e Cristóvão Valente. Com isso, esperamos demonstrar a fundamental importância do Colégio da Bahia neste recorte específico, como um importante polo na estrutura da colônia portuguesa nas américas.</p> Diego Luiz Ribeiro de Almeida Karina Moreira Ribeiro da Silva e Melo Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 16 16 O MANGÁ CONTEMPORÂNEO https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11741 <p>O seguinte trabalho, através de uma revisão bibliográfica, busca analisar o mangá como produto não somente artístico, mas também como subproduto de discursos postos em uma sociedade que sofrera grandes modificações em um pequeno período de tempo. Para tal, uma investigação tanto do mangá quanto objeto multifacetado quanto de um Japão hibridizado se fazem primordiais. Não menos importante, é notar que o mangá é subproduto de memórias de indivíduos postos em determinado<br>contexto histórico e, portanto, passíveis de subjetividade e historicidade. Assim sendo, buscou-se relacionar o mangá com seu contexto sócio-histórico e sua potência narrativa, assim como as constantes relações e hibridizações entre essas potências narrativas e as transformações sofridas pelo mangá ao longo da contemporaneidade.</p> Antonio Augusto Zanoni Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 20 20 OS “INCORRIGÍVEIS” https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11742 <p>Esse artigo tem por objetivo destacar a existência de duas pessoas pobres, entre tantas outras, na Campinas no início do século XX a partir de seus “encontros” com as instâncias de poder e dos registros jurídicos produzidos sobre elas. Nossa narrativa se inspira em “A vida dos homens infames” de Foucault, assim, dos autos emergem "Evinha Linguiça" e "Pé Espalhado", codinomes pejorativos<br>como os de muitos dos recolhidos ao xadrez pelos policiais em suas batidas pelos botequins, ruas e becos da cidade. Da análise dos documentos criminais, da legislação penal, além da legislação municipal, divisamos aspectos da vida ou do cotidiano de pessoas que, para as autoridades, "necessitavam de correção" porque seriam perniciosas à ordem político-econômica, especialmente aquelas nomeadas de "incorrigíveis" nos processos criminais, caso das personagens abordadas. "Constrangê-los" ao trabalho ou tirá-los de circulação eram medidas que visavam promover uma higiene social. Algo tido como salutar para uma cidade que conviveu com epidemias de febre amarela e medidas sanitárias naquele período.</p> Valter Martins Hélio Sochodolak Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 20 20 ENTRE TÁTICA E ESTRATÉGIA https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11743 <p>Trabalhando com os conceitos de “tática” e “estratégia” trazidos pelo historiador francês Michel de Certeau, a presente pesquisa objetiva propor uma reflexão a respeito da produção cultural na cidade de Sobral durante a Ditadura-Civil-Militar, vista como palco de diversas formas de protesto ao regime autoritário, embora o poder político local sempre se mostrasse favorável a ditadura. Buscaremos analisar, desse modo, como a produção da arte, através da música, mostrou-se uma forma de resistência ao regime vigente, exemplificando através da problematização do festival mandacaru de Sobral, como uma tática em meio a um contexto que trazia uma situação de dominação autoritária, enquadrando-a dentro do conceito de estratégia.</p> José Brendo Cruz Vasconcelos Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 14 14 RESISTÊNCIA CIVIL E JOGOS DE GÊNERO https://revistas.uece.br/index.php/embornal/article/view/11744 <p>A partir de um estudo comparativo de quatro movimentos de resistência civil envolvendo mulheres, na Europa Ocidental, durante a Segunda Guerra Mundial e no Cone Sul durante as terroristas ditaduras militares das décadas de 1970 e 1980, o autor mostra como essas formas de disputa participam dos jogos de gênero. Aponta como foi fundamental o contexto histórico para a compreensão do desenvolvimento desses movimentos de protesto e observa que os indivíduos e organizações, que os impulsionaram e eventualmente os estruturaram, mobilizaram e representaram mitológicas sobre as mulheres, permitindo-lhes intervir e atuar no público espaço, porque estavam em sintonia com os valores defendidos pelas ditaduras. Dependendo das condições culturais, a participação nesses movimentos de protesto influenciou no questionamento das identidades de gênero pelas participantes.</p> Luc Capdevila Sofia Rocco Stainsack Rocha Joana Maria Pedro Copyright (c) 2022 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-17 2023-10-17 13 26 29 29