“O jangadeiro das lettras cearense”:
Domingos Olímpio, o escritor, a obra e os espaços de escrita.
Palavras-chave:
História, Domingos Olímpio, RecepçãoResumo
O presente trabalho se caracteriza por buscar na trajetória do escritor sobralense Domingos Olímpio, autor de Luzia-Homem o caminho de entendimento sobre sua obra e os mecanismos de produção literária de seu tempo, além dos espaços de disseminação da literatura na segunda metade do século XIX e início do XX. Além do mais, buscamos analisar a articulação do homem de letras com os projetos de crítica há uma determinada realidade histórica baseada na representação social de sua produção sobre uma temporalidade, criada a partir da operacionalização da literatura como produto de concatenação política do autor. Deste modo, pretendemos articular o romance naturalista de Domingos Olímpio, como elemento de alteridade entre sua época e as problemáticas com o qual Luzia-Homem suscitou em seu enredo. Outro aspecto importante é trabalhar a recepção do romance tendo em visto, ser um elemento influenciador no entendimento do papel do mesmo em um momento declínio do naturalismo no Brasil, ou seja, o “campo” perde seu espaço na literatura citadina devido sobretudo, há uma série de transformações na sociedade brasileira do início século XX, ligadas à necessidades de novos temáticas literárias e problemas inseridos na dinâmica das cidades e sua vida cotidiana e distante de uma crítica social tão explorada pelo escritores naturalistas. Destarte, a literatura do início do século XX, era uma espécie de arauto de uma parcela da intelectualidade brasileira, uma voz pronta para denunciar seus vícios.
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