FAKE NEWS, MEMES E O ENSINO DE HISTÓRIA
Palavras-chave:
Fake News, Memes, Ensino de HistóriaResumo
Nos anos 2000, a internet parece ter atingido o seu recorde com um número cada vez maior de usuários no Brasil e no mundo. O mundo inteiro está ao alcance de nossas mãos através de equipamentos eletrônicos que transmitem informações a todo instante. Refletir sobre as mudanças provocadas pela introdução dessa tecnologia no nosso cotidiano através de CERTEAU em sua obra a Invenção do Cotidiano é de grande relevância na atualidade. Tudo está a um clique de distância. Nos aparelhos de celular e smartphones, nos aplicativos e grupos aos quais pertencemos, de forma privada temos acesso uma infinidade de vídeos, notícias urgentes, conteúdos e comentários fazendo juízo de valor sobre os mais diversos assuntos em tempo real, inclusive com transmissões ao vivo. Mas, não podemos esquecer que quem divulga tem sempre uma intenção. Para atingir cada vez um público maior, a todo instante notícias são criadas, tragédias são anunciadas, escândalos são abafados, biografias são manipuladas e o jornalismo parece ter a pretensão de assumir as rédeas da história, transformando o jornalista no historiador e o fato histórico numa criação sua. A escola não pode ignorar o fato de crianças e jovens terem acesso diariamente a todo esse conteúdo que circula nas redes sociais e nos meios de comunicação em suas casas ou outros espaços através dos equipamentos transmissores e receptadores de dados conectados à internet. Os conteúdos que circulam diariamente nas redes sociais impactam no dia-a-dia da sala de aula. Especialmente quando se trata do uso da liberdade de expressão para difundir discursos de ódio, bullying, o racismo, a homofobia, a xenofobia ou qualquer outro tipo de preconceito através de memes ou outros recursos virtuais. As aulas de história são um espaço bastante oportuno para promover o debate necessário sobre essas questões e tantas outras, considerando que se trata de uma disciplina escolar de caráter reflexivo, conectada com os acontecimentos não só do passado, mas também atuais, propiciando um ambiente de discussão no qual os sujeitos se reconheçam enquanto sujeitos participantes e protagonistas dos processos. Trata-se, portanto de utilizar o potencial dessas inovações de maneira eficiente e didática, a favor da educação e do ensino de história reflexão constante sobre o ato de aprender e a produção da informação e do conhecimento.
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