Ciência Animal https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal <p>A <strong><em>Ciência Animal</em></strong> é um periódico trimestral (a partir de 2018) da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará que, desde 1991, publica artigos científicos incluindo revisões críticas sobre temas específicos, comunicações científicas e relatos de caso relacionados à medicina veterinária, zootecnia e biologia. Seu título abreviado é Cienc. Anim., que deve ser usado nas bibliografias, nas notas de rodapé, e em referências bibliográficas. </p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: B4 Biotecnologia; Biodiversidade<br />e ISSN: 0104-3773</span></p> Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará pt-BR Ciência Animal 0104-3773 <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a></p> PREDAÇÃO DE GARÇA-BRANCA-PEQUENA PELA MAIOR CORUJA BRASILEIRA: JACURUTU https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15793 <p>A garça-branca-pequena (Egretta thula) habita bordas de lagos, rios e à beira –mar, sendo comum em estuários, manguezais e poças de lamas na costa, podendo também ser encontrada em pastagens, psiculturas, canais, também sendo encontrada em elevadas altitudes na cordilheira dos Andes peruanos. A jacurutu (Bubu virginianus) é uma grande e poderosa coruja sendo considerada a maior ave rapinante noturna do Brasil, possuindo orelhas proeminentes, grandes olhos amarelados e garras poderosas cobertas de penas. Vive em borda de matas, mata secas e campos, e em áreas semi-abertas com árvores, ravinas, Cerrado e em áreas com afloramento rochoso com árvores e arbustos e em áreas antrópicas ou parques e praças. Durante um estudo de aves no sul do estado de Minas Gerais, foi registrado a predação da garça-branca-pequena por uma jacurutu, o que contribui grandemente pela sua preferência alimentar, uma vez que na literatura é mencionado aves de uma forma genérica.</p> Aloysio Souza de MOURA Felipe Santana MACHADO Sabrina Soares da SILVA Kalill José Viana da PÁSCOAS Marco Aurélio Leite FONTES Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 171 174 A EXPOSIÇÃO AO GLIFOSATO PROVOCA ATRESIA EM FOLÍCULOS OVARIANOS DE CAMUNDONGOS ADULTOS E NEONATOS https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15778 <p>Herbicidas a base de glifosato causam impactos negativos sobre o desenvolvimento do sistema reprodutivo de fêmeas e são escassas as informações sobre os efeitos em diferentes estágios da vida reprodutiva das fêmeas, especialmente sobre a integridade dos folículos ovarianos. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo determinar se o glifosato afeta a morfologia de folículos ovarianos de camundongos gestantes e de sua prole. Camundongos fêmeas (n=6), com 8 semanas de idade, acasalaram com camundongos machos (n=3). Após confirmação da gestação, as fêmeas foram divididas igualmente em 2 grupos: Controle (CTRL) e Glifosato na concentração de 30mg/kg (M30). Filhotes fêmeas advindas do grupo M30 também foram avaliadas para<br>observação de possíveis alterações decorrentes da exposição ao herbicida (M30f). Mediante histologia clássica, os folículos foram quantificados e classificados em relação à integridade morfológica e a categoria folicular. Os dados foram expressos em média±erro padrão da média e submetidos ao teste t de Student para comparação entre os grupos (CTRL e M30). A diferença foi considerada significativa quando p&lt;0,05. Os resultados demonstraram um aumento significativo no número de folículos degenerados nos ovários de animais do grupo M30 em comparação ao grupo CTRL (p&lt;0,05). Na prole exposta ao herbicida durante a fase embrionária (M30f), foram contados no total 302 folículos, dos quais 41,39% estavam degenerados. Conclui-se que camundongos fêmeas<br>expostas a concentração de 30mg/kg de glifosato durante a vida adulta ou intrauterina afeta a integridade morfológica ovariana, levando a um aumento na quantidade de folículos atrésicos, tanto nas matrizes, quanto em suas proles.</p> Israel Levi Nascimento SILVA Carla Larissa de Castro Vieira CARNEIRO Fabrícia da Cunha Jácome MARQUES Rosilene AMORIM Gislei Frota ARAGÃO Valdevane Rocha ARAÚJO Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 1 11 ANÁLISE DA VIABILIDADE DA MÁSCARA LARÍNGEA EM GATOS NA ANESTESIA INALATÓRIA COM VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15779 <p>O objetivo do estudo foi avaliar a viabilidade do uso da máscara laríngea em gatos durante a anestesia inalatória sob ventilação espontânea comparada a intubação endotraqueal. O procedimento foi realizado no Centro Clínico Veterinário do Centro Universitário de Patos de Minas (CCV/UNIPAM), sendo utilizados 16 gatos hígidos, machos, de diferentes raças e idades. Estes foram divididos em dois grupos, sendo G1 - intubação de seis animais com sonda endotraqueal e G2 - intubação de 10 animais com máscara laríngea. Os seguintes parâmetros foram determinados para ambos os grupos: frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura corporal, oximetria, pressão sistólica, pressão diastólica e pressão média, sendo coletados nos tempos: T1 (30 minutos antes da medicação pré- anestésica), T2 (imediatamente antes da incisão), T3, T4 e T5 aos 10, 15 e 20 minutos após o início do procedimento, respectivamente. Para as análises estatísticas, foi utilizado o teste de Friedman e para as variáveis p&lt;0,5 foi utilizado o teste de Wilcoxon. Ao avaliar cada dispositivo separadamente, não foram encontradas diferenças estatísticas significativas dentro dos grupos. Quando comparados em diferentes tempos, foram encontradas diferenças significativas na Frequência Respiratória e Pressão Sistólica. A estabilidade dos parâmetros fisiológicos observada quando comparados nos diferentes tempos do período trans anestésico dos gatos que utilizaram a máscara laríngea com os que utilizaram sonda endotraqueal corrobora a eficácia da máscara laríngea como dispositivo supra glótico na manutenção da anestesia inalatória em felinos.</p> Samira Cálita Leonel Larquer MONEDA Maria Eduarda Silva RIBEIRO Guilherme Nascimento CUNHA Marcelo Bernardi MANZANO Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 12 24 NEOPLASIAS ÓSSEAS: REALIDADE DO DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO EM CÃES NA CIDADE DE FORTALEZA/CEARÁ https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15780 <p>O crescimento do número de cães nos lares brasileiros tem estado associado a uma melhora no manejo alimentar e tutela mais responsável, levando ao aumento da expectativa de vida desses animais. Concomitantemente, a oncologia vem sendo um tema mais abordado no âmbito da Medicina Veterinária e o número de estudos relacionados a neoplasias ósseas têm crescido. As neoplasias ósseas primárias são: osteossarcoma, sarcoma osteogênico de comportamento invasivo e metastático, condrossarcoma e o fibrossarcoma, tumor fibroblástico maligno caracterizado pela formação de colágeno. O diagnóstico dessas neoplasias pode ser desafiador e a velocidade com que é executado é essencial para um prognóstico favorável. Desta forma, o objetivo do presente<br>trabalho foi trazer uma perspectiva de como ocorre o diagnóstico e saber os cenários de prognósticos dos pacientes de acordo com os médicos veterinários da cidade de Fortaleza/CE. O levantamento de dados foi realizado por meio da ferramenta de formulário do Google, sendo respondido entre julho e setembro de 2022, com perguntas referentes ao nível de especialização do médico veterinário, sua experiência e tempo de atuação na clínica de pequenos animais, os desafios do diagnóstico para tais neoplasias, formas de diagnóstico utilizadas nesses casos, quantidade de casos acompanhados por esses profissionais, relação de raça/porte dos animais acometidos da neoplasia, o prognóstico pós-diagnóstico desses animais e se o tratamento normalmente é realizado na clínica geral ou por especialista.</p> Gabriel Marinho Gonçalves FRANCO Thayná Carvalho DE SOUZA Guilherme Cabral PINHEIRO Lara Farias Martins MAGALHÃES Rodrigo Fonseca de Medeiros GUEDES Carlos Eduardo Braga CRUZ Belise Maria Oliveira BEZERRA Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 25 35 Sistema arduíno e módulos como modelo para desenvolvimento de equipamentos utilizados na pecuária https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15809 <p>Novas tecnologias têm o potencial de gerar benefícios ao agronegócio através da união entre os cenários produtivos e científicos. Sendo que na pecuária 4.0 a constante coleta e análise da dados feitos por sensores e programas permite aos responsáveis avaliarem informações relacionadas tanto aos animais quanto ao ambiente. O presente experimento teve como objetivo fazer uso do sistema Arduíno e seus módulos para desenvolver equipamentos que possam ser usados na pecuária visando tornar mais acessível aos produtores ruais o novo modelo de produção “Pecuária 4.0”. Fazendo-se uso de um Arduíno UNO e dos módulos Ethernet Shield W5100, sensor de fluxo de água, DHT11, termômetro a prova da água (Ds18b20), sensor LDR e um cartão micro SD de 2 Gb, os dados referentes ao fotoperíodo, temperatura ambiente, umidade relativa do ar, consumo de água e temperatura da água foram coletados durante um período de teste de 24 horas e armazenados pelo sistema no cartão micro SD em um arquivo no formato “txt”. As informações armazenadas no arquivo foram transferidas para o aplicativo LibreOffice Calc 7.1, onde foram processadas e analisadas. Percebendo-se que os animais consumiram água em bandos e em períodos específicos do dia, com maiores temperaturas ambientais e umidade relativa do ar mais baixas, apresentando assim picos de consumo em determinados momentos.</p> Guilherme Pepino BASTOS Marc Joseph VANCAMELBEKE Emanoel Soares TEIXEIRA JUNIOR Luan Guilherme DIAS Valeria Rezende DOMINGUES Helinton Pool BATISTA Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 36 44 ALIMENTOS ALTERNATIVOS PARA A FORMULAÇÃO DE DIETAS PARA CÃES E GATOS https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15782 <p>A relação entre humanos e animais de estimação tem se estreitado, com esses animais sendo cada vez mais vistos como membros da família. No Brasil, o mercado pet tem mostrado um crescimento contínuo, especialmente no setor de alimentação, que registrou um aumento significativo em 2022, colocando o país entre os maiores em faturamento mundial. Buscando alternativas mais sustentáveis e econômicas, diversos ingredientes inovadores, como microalgas, farinha de insetos, DDGS (grãos secos de destilaria), subprodutos de origem animal e compostos fitoterápicos, têm sido incorporados nas dietas de cães e gatos. Esses alimentos oferecem benefícios nutricionais valiosos, incluindo proteínas de alta qualidade, ácidos graxos essenciais e compostos bioativos que promovem a saúde animal. Além de sua contribuição para a saúde, esses ingredientes também ajudam na redução de custos de<br>produção e diminuem os impactos ambientais, tornando-se uma solução mais ecológica para o mercado pet. A aceitação desses alimentos inovadores pelos consumidores tem sido crescente, refletindo um interesse crescente por opções mais sustentáveis e eficientes dentro da alimentação animal. O mercado está se adaptando à demanda por soluções que atendem tanto às necessidades nutricionais quanto ao desejo por práticas mais conscientes e ambientalmente responsáveis.</p> Gabriel Carvalho De ANDRADE Nathan Ferreira da SILVA Cibele Silva MINAFRA Fabiana Ramos dos SANTOS Graziele Carvalho De ANDRADE Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 45 56 FISIOLOGIA REPRODUTIVA E CISTOS DO APARELHO GENITAL FEMININO EM VACAS E PORCAS https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15785 <p>Os cistos no aparelho genital feminino de vacas e porcas são condições patológicas que podem afetar a eficiência reprodutiva desses animais. Esses cistos são classificados em diferentes tipos e cada um deles apresenta características distintas em termos de formação, tamanho e efeitos sobre as funções hormonais e do órgão acometido. Então, além de diferir em natureza, as formações císticas têm ainda impacto sobre a anatomofisiologia das fêmeas, sendo essencial a compreensão de sua caracterização específica, com a finalidade de personalizar e executar o manejo reprodutivo adequado. Em casos mais graves, os cistos podem interferir<br>diretamente na fertilidade dos animais. A presença dessas formações anormais nos órgãos reprodutivos de vacas e porcas pode ser influenciada por diversos fatores, como nutrição, genética e manejo sanitário. Portanto, a compreensão de tais fatores é relevante para trabalhar a prevenção ao surgimento das formações císticas e juntamente com a detecção precoce e o tratamento eficaz dessas patologias, melhorar a saúde das fêmeas e aprimorar os índices zootécnicos dos rebanhos.</p> Desirée Maria Fontineles FILGUEIRA Daniele Castro Aguiar PIMENTA Letícia de Oliveira SOUSA Ingrid Caroline Linhares GOMES Ricardo TONIOLLI Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 57 77 IMPORTÂNCIA DO pH SOBRE A DINÂMICA FUNCIONAL DO RÚMEN https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15783 <p>O rúmen é um ecossistema e ambiente majoritariamente aquoso e complexo que recebe o alimento ingerido, que é misturado e processado mediante a fermentação para a degradabilidade, digestão e utilização pelo animal. Os microrganismos ruminais (fungos, protozoários e bactérias) são os incumbidos de realizar a fermentação mediante a produção de enzimas que exercem um efeito específico sobre os diferentes constituintes da dieta, tendo como componentes finais os ácidos graxos voláteis (AGVs), amônia (NH3) e metano (CH4). A microbiota ruminal depende da estabilidade do ambiente em que vivem para sobreviver, multiplicar-se e realizar a fermentação dos alimentos, porém, cada espécie e tipo de microrganismo presente no rúmen possui uma exigência particular de pH, temperatura, oxigênio e pressão osmótica para tal. A população ruminal depende do tipo de alimentação que o<br>animal recebe, que serve de substrato para a fermentação e determina o tipo e a quantidade de produtos produzidos durante esse processo e, portanto, o pH ruminal ao longo do dia. Dietas ricas em concentrado (amido) e baixa fibra resultam em um baixo pH (ácido), enquanto dietas ricas em fibra e baixo amido (volumosos, por exemplo) produzem um pH elevado (próximo da neutralidade). Este é o escopo desta revisão bibliográfica sistemática: apresentar a importância do pH sobre a dinâmica e fluxo de balanço ruminal para ótimas taxas de fermentação e degradabilidade. Foram avaliados artigos de revista e periódicos selecionados, bem como livros de Nutrição de Ruminantes para embasar o assunto e compilá-los em um único material.</p> Emanuel Isaque Cordeiro DA SILVA Eduarda Carvalho da Silva FONTAIN Mariana Ribeiro Castellano PEIXOTO Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 78 95 MORFOLOGIA E PATOLOGIAS ESPERMÁTICAS EM MAMÍFEROS DOMÉSTICOS https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15784 <p>Para avaliação de reprodutores mamíferos, principalmente no contexto da produção animal, é de suma importância que o profissional conheça a morfologia e as patologias espermáticas que existem e que podem resultar em uma redução dos resultados reprodutivos. Diante disso, diversos trabalhos descrevem a estrutura morfológica do espermatozoide basicamente como cabeça, pescoço e cauda. Existe um tipo de classificação destas patologias como primárias, secundárias e terciárias. Porém, alguns autores a consideram limitante e preferem a classificação entre defeitos maiores e menores, pelo fato de relacionarem a patologia diretamente com a fertilidade. Com isso, objetivou-se, com esta revisão de literatura, apresentar e descrever as patologias<br>espermáticas baseadas em sua morfologia: em cabeça, acrossoma, colo, peça intermediária e cauda, considerando o seu impacto na fertilidade. Dessa forma, pode-se perceber a grande importância desse conhecimento e sua aplicabilidade na andrologia veterinária, de forma que esta sistemática pode auxiliar o médico veterinário na interpretação do quadro geral na avaliação clínica e andrológica do animal.</p> Airton Alencar de ARAÚJO Erica Carolina KEHL Inara Lia Mendes SILVA Ingryde Paula Aragão LEITÃO Ricardo TONIOLLI Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 96 119 BLOQUEIO DO PLEXO BRAQUIAL EM BUGIO PARA PROCEDIMENTO ORTOPÉDICO EM DÍGITOS E FALANGE https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15788 <p>O macaco da espécie Alouatta ululata, conhecido como Guariba-da-caatinga ou Bugio-de-mãos-vermelhas-do- Maranhão, é uma espécie de bugio endêmica do Brasil, encontrado nos Estados do Maranhão, Piauí e Ceará. O objetivo desse trabalho foi analisar a eficácia de um protocolo anestésico multimodal, associado ao bloqueio locorregional do plexo braquial, administrado a um bugio (Alouatta ululata), macho, de cerca 1 ano de idade, pesando 1,1kg, para a realização de um procedimento de amputação de dois dígitos e de osteossíntese em falange do dedo indicador. Foram utilizados como medicação pré anestésica tramadol (4mg/kg), cetamina (7mg/kg), e midazolam (0,2mg/kg), via intramuscular; a co-indução foi realizada com cetamina (1mg/kg) e fentanil (3µg/kg), via intravenosa; a indução com propofol (4mg/kg), via intravenosa, e a manutenção com anestesia inalatória,<br>utilizando isoflurano. No bloqueio locorregional, com abordagem perivascular axilar do plexo braquial, foi utilizado bupivacaína (3mg/kg) e dexmedetomidina (0,1mg/kg), como adjuvante. Como os parâmetros fisiológicos mantiveram-se estáveis durante o procedimento e não ocorreu agitação ou vocalização no pós- cirúrgico, pode-se concluir que a utilização do protocolo anestésico proposto nesse relato, mostrou-se eficaz para se conseguir analgesia, relaxamento muscular, conforto do paciente e recuperação anestésica tranquila, nesse animal, para esse tipo de procedimento.</p> Soraya Nunes BARBOSA Jeynne Pereira DO CARMO Graciella Santana Amâncio SANTOS Júlia Marques Soares GAGGIATO Francisco Solano FEITOSA JR Erica Emerenciano ALBUQUERQUE Marcelo Campos RODRIGUES Lilian Silva CATENACCI Taciana Galba da Silva TENÓRIO Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 120 129 SERTOLIOMA EM CANINO CRIPTORQUIDA ABDOMINAL BILATERAL https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15786 <p>O criptorquidismo é uma condição que, embora ainda não tenha todas as suas causas elucidadas, um dos principais fatores é o genético. Essa patologia pode ser uni ou bilateral e consiste na ausência do testículo na bolsa escrotal, maslocalizado de forma ectópica. Além disto, o criptorquidismo é uma condição predisponente ao desenvolvimento de tumores testiculares, sendo o principal deles o sertolioma. Este trabalho objetivou relatar um caso de um cachorro, macho, com seis anos de idade, da raça Pastor Alemão, não castrado e que apresentava ambos os testículos intracavitários e presença de cistos prostáticos. Os exames hematológicos indicaram uma anemia normocítica e no exame ultrassonográfico apenas um testículo foi identificado, além da identificação do aumento prostático e presença de abcesso paraprostático. Apesar da instituição do tratamento cirúrgico por meio<br>da orquiectomia e a identificação do Sertolioma através do exame histopatológico, o animal não apresentou melhora significativa do quadro clínico.</p> Maria Luisa Lagoa da SILVA Grazielle Anahy de Sousa ALEIXO Maria Clara Cunha Paranhos de OLIVEIRA Leticia Grazielle da Conceição AMORIM Karine Silva CAMARGO Lilian Sabrina Silvestre de ANDRADE Robério Silveira de Siqueira FILHO Fabrício Bezerra de SÁ Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 130 140 Associação de nistatina e benzoato de sódio no tratamento de macrorbidose em calopsita no nordeste brasileiro https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15808 <p>A macrorhabidose é uma infecção causada por Macrorhabdus ornithogaster, levedura ascomiceto oportunista e responsável, principalmente, por sinais clínicos digestórios. A doença apresenta alta morbidade e mortalidade variável, sendo o óbito relatado com maior frequência em aves jovens e imunossuprimidas. O tratamento para a doença pode ser realizado com antifúngicos, no entanto, casos de resistência a essas drogas têm sido descritos, o que tem contribuído para o surgimento de tratamentos alternativos, como o benzoato de sódio. Desta forma, o presente trabalho descreve o primeiro relato de macrorhabidose em calopsita, bem como a terapêutica adotada associando nistatina e benzoato de sódio, levando à completa recuperação da ave. Uma calopsita, com histórico de emagrecimento progressivo, foi levada para atendimento clínico, no qual foi constatado que a ave estava apática, magra e com sinais de regurgitação. Foram coletadas amostras de conteúdo do inglúvio para exame citológico, a partir do qual foram identificados microrganismos compatíveis com M. ornithogaster. Foi instituído tratamento à base de nistatina, além da terapia de suporte, mas devido à ausência de melhoria no quadro clínico do paciente, foi realizada à associação de benzoato de sódio ao protocolo. Após 21 dias de tratamento, foi constatada a recuperação da ave e marcante redução de M. ornithogaster na microbiota do animal, revelando que a inclusão dessa substância contribuiu para o sucesso do tratamento e apresentou um ótimo custo-benefício.</p> Ana Caroline Freitas Caetano de SOUSA SOUSA Wanderson Lucas Alves dos SANTOS Ana Carolina Souza MAIA Raimundo Marcel Gomes PRACIANO João Augusto Rodrigues Alves DINIZ Amanda de Carvalho MOREIRA Fabiano Rocha PRAZERES JÚNIOR Carlos Iberê Alves FREITAS Juliana Fortes Vilarinho BRAGA Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 141 147 TRATAMENTO DE FELINO ACOMETIDO POR TRICHOPHYTON SPP https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15790 <p>As dermatofitoses são infecções fúngicas causadas por fungos dos gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Entre esses, o gênero Trichophyton é particularmente relevante devido ao seu potencial zoonótico, afetando principalmente cães, gatos e seres humanos, devido à proximidade e contato frequente entre esses animais e seus donos. As infecções causadas por Trichophyton spp. são conhecidas por provocarem lesões alopécicas, eritema, crostas e prurido intenso. A gravidade e a extensão das lesões podem variar consideravelmente entre os animais infectados, dependendo do estado imunológico do hospedeiro e da virulência da cepa fúngica envolvida. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de um felino diagnosticado com dermatofitose causada pelo fungo Trichophyton spp. O tratamento do animal incluiu o uso de shampoos tópicos à base de<br>clorexidina e miconazol, além de uma abordagem sistêmica com griseofulvina, imidazóis e triazóis. Após o tratamento, o felino apresentou total remissão das lesões, com a restauração completa de sua pelagem, demonstrando a eficácia da abordagem terapêutica utilizada.</p> Rosimeire Sabino Albuquerque GONÇALVES Vitória Moraes MAIA Barbara Riara de Almeida PAIVA Leonardo Alves Rodrigues CABRAL Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 148 156 LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA: ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15791 <p>A leucose é uma enfermidade de evolução crônica, caracterizada pelo aparecimento de tumores e linfoadenomegalia. A contaminação ocorre horizontalmente, através de insetos hematófagos e do uso compartilhado de agulhas, e verticalmente, por via transplacentária. Nem todos os animais manifestam sintomatologia clínica, podendo variar conforme o local das tumorações. O estudo ocorreu mediante relato de caso de uma vaca da raça Holandês, multípara, com sinais de anorexia, apatia e diminuição da ingestão de alimentos. A confirmação se deu através da evolução desfavorável frente ao tratamento de outras suspeitas clínicas como pneumonia e tristeza parasitária bovina, aliado ao diagnóstico sorológico positivo para leucose. Ainda, houve suspeita de deslocamento de abomaso e foi realizada ultrassonografia, onde verificou-se uma massa tumoral aderida a cavidade abdominal. Devido ao prognóstico desfavorável, optou-se pela eutanásia seguida da necropsia. Macroscopicamente foi avaliado tumor renal, presença de cistos hepáticos, linfonodos enfartados e abomaso com mucosa espessa e endurecida, e, microscopicamente, foram observados linfonodos com perda da estrutura córtico- medular, densos e com infiltrado de linfócitos neoplásicos. Conclui-se que a incompatibilidade com a manutenção de bem-estar e produtividade dos animais, bem como a alta prevalência nos rebanhos demonstra a necessidade de programas de controle e erradicação da doença no Brasil.</p> Tamires Silva dos SANTOS Juliano Peres PRIETSCH Thuanne Correa BRANDÃO Teiffny de CASTILHOS Edenara Anastácio da SILVA Caio Maurício AMADO Eduardo SCHMITT Eliza Simone Viegas SALLIS Giulia Ribeiro MEIRELES Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 157 164 HÉRNIA PERINEAL EM CÃO https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/15792 <p>A hérnia perineal é uma patologia que se origina a partir do enfraquecimento e separação dos músculos e fáscias que constituem o diafragma pélvico causando o deslocamento de órgãos abdominais à região perineal. Ela pode se apresentar uni ou bilateralmente e é mais comum em cães senis não castrados. Fatores hormonais, genéticos, muscular neurogênicos, alterações prostáticas e constipações crônicas são relacionadas à patologia. Entre os principais sinais clínicos estão tenesmo, constipação, disúria e oligúria. Embora o tratamento cirúrgico pode ser utilizado na correção da hérnia, os tratamentos dietético e hormonal são possibilidades em casos nos quais a submissão do paciente à anestesia apresenta muitos riscos e quando há hiperplasia da próstata respectivamente.<br>Um canino não castrado, senil foi atendido no ambulatório da Ong de Proteção Animal- Bom Jesus/PI apresentando aumento da região perineal acompanhado de constipação e com histórico de correção de hérnia perineal. A reincidência da patologia foi confirmada após análise de histórico, exame físico e exame ultrassonográfico que sinalizou retroflexão de bexiga. O paciente foi encaminhado à herniorrafia com sustentação em tela de polipropileno, visto que a musculatura do diafragma pélvico não se encontrava hígida para ancorar sutura, e durante a convalescença não houve complicações adicionais.</p> Washington Souza NASCIMENTO Fernanda Martins FONSECA Joelson Alves de SOUSA Copyright (c) 2025 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-01 2025-07-01 35 2 165 170