https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/issue/feed Ciência Animal 2024-12-30T03:45:51-03:00 Ricardo Toniolli revista.ciencianimal@uece.br Open Journal Systems <p>A <strong><em>Ciência Animal</em></strong> é um periódico trimestral (a partir de 2018) da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará que, desde 1991, publica artigos científicos incluindo revisões críticas sobre temas específicos, comunicações científicas e relatos de caso relacionados à medicina veterinária, zootecnia e biologia. Seu título abreviado é Cienc. Anim., que deve ser usado nas bibliografias, nas notas de rodapé, e em referências bibliográficas. </p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: B4 Biotecnologia; Biodiversidade<br />e ISSN: 0104-3773</span></p> https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14733 PROLAPSO URETRAL EM CÃO DA RAÇA AMERICAN STAFFORDSHIRE TERRIER 2024-12-27T15:48:56-03:00 Daniela Pinheiro de ARAÚJO daniela.araujo@aluno.unifametro.edu.br Glória Maria Monteiro LIMA cienciaanimal@uece.br Ana Karoline Rocha VIEIRA cienciaanimal@uece.br Carlos Eduardo Azevedo SOUZA cienciaanimal@uece.br <p>O prolapso uretral é uma enfermidade incomum na clínica médica de cães e gatos. Apesar da sua origem não ser bem estabelecida, sabe-se que pode estar relacionado com contaminações do trato urinário, propensão genética e pisódios de trauma. Além disso, acomete machos não orquiectomizados e a sua incidência é maior em cães braquicefálicos. O principal sinal clínico é a lesão na glande do pênis, podendo inclusive se mostrar necrosada. Essa enfermidade pode ser diagnosticada por meio de uma anamnese detalhada, exame físico completo e exames complementares. O tratamento de eleição é cirúrgico, no entanto também há a possibilidade de se tratar clinicamente, por meio de anti-inflamatórios e antibióticos. O presente relato objetiva relatar o caso de um cão, macho, raça American Staffordshire Terrier, um ano e dois meses, não orquiectomizado, pesando 21kg e com histórico de inflamação na glande do pênis. Na anamnese, o tutor relatou sangramento peniano, normúria e normoquezia. No exame físico, a mucosa uretral do paciente mostrou-se tanto prolapsada quanto necrosada. Após o resultado dos exames complementares, o paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico de ressecção e anastomose do prolapso uretral juntamente ao procedimento de orquiectomia bilateral. Após 14 dias do procedimento cirúrgico, o animal apresentava-se bem e sem complicações pós-cirúrgicas</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14734 CITOLOGIA DE ADENOMA HEPATOIDE EM CÃO 2024-12-27T15:58:23-03:00 Michely Chaves MARTINS michely.martins01@aluno.unifametro.edu.br Elisângela de Souza LOPES cienciaanimal@uece.br Glauco Jonas Lemos SANTOS cienciaanimal@uece.br Ismael Lira BORGES cienciaanimal@uece.br Géssica dos Santos ARAÚJO cienciaanimal@uece.br Isaac Neto Goes da SILVA cienciaanimal@uece.br Vanessa de Sousa FERREIRA cienciaanimal@uece.br Luana Teles RAMOS cienciaanimal@uece.br Átilla Holanda de ALBUQUERQUE cienciaanimal@uece.br <p>Os cães estão vivendo mais, tornando-os suscetíveis a diversos tipos de doenças, tais como as neoplasias. Dentre elas, os adenomas da região perianal são as que mais afetam os cães machos não castrados. Assim, como um método menos invasivo, prático e acessível, a citopatologia tem se destacado na rotina clínica veterinária para o diagnóstico dessa enfermidade. O presente estudo teve como objetivo relatar um caso clínico de adenoma hepatoide em um cão da raça Poodle. O paciente apresentava nódulo na região perianal há cerca de um ano. Para o diagnóstico, foi utilizada a coleta da amostra por punção por agulha fina (PAF), sequenciada pela realização de squash em lâmina. Posteriormente, as amostras foram encaminhadas para coloração e avaliação da leitura citopatológica. Suspeitou-se que o tumor localizado na região perianal era um adenoma hepatoide, desse modo sugeriu-se a exérese do tumor associado a orquiectomia como tratamento. Concluiu-se que a citologia revelou características que se assemelham com células que compõem a glândula hepatoide, porém somente o exame<br>histopatológico permite diferenciar lesão benigna da maligna. Essa neoplasia deve ser reconhecida na clínica médica veterinária para que seja incluído como um diagnóstico diferencial para cão idoso não castrado.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14737 ANESTESIA MULTIMODAL PARA LOBECTOMIA PULMONAR COMO TRATAMENTO DE PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO EM CÃO 2024-12-27T16:09:59-03:00 Emily Greicy da Silva FERREIRA emilygreicyferreira@gmail.com Ana Clara Rosa STIEHL cienciaanimal@uece.br Fábio Caziragui ZAMBONIN cienciaanimal@uece.br Gabriela Porciuncula COSTA cienciaanimal@uece.br Karine Gehlen BAJA cienciaanimal@uece.br Mariana Almeida de OLIVEIRA cienciaanimal@uece.br Vinicius Ramalho de ÁVILA cienciaanimal@uece.br <p>Bolhas pulmonares são lesões cavitarias preenchidas por ar que ocorrem no parênquima pulmonar e a ressecção cirúrgica do lobo pulmonar é indicada. De forma essencial, na anestesia destes pacientes é necessário um suporte ventilatório, protocolo anestésico individualizado e monitoração constante. O protocolo anestésico instituído no presente relato se deu através de medicação pré-anestésica com acepromazina, cetamina e metadona. Foi feita a indução anestésica com propofol e manutenção anestésica através de anestesia intravenosa total, utilizando propofol, remifentanil, lidocaína e cetamina, todos em infusão contínua. Como terapia analgésica complementar, foi realizado bloqueio local dos nervos intercostais com bupivacaína. A monitoração transanestésica realizou-se com auxílio de eletrocardiograma para avaliação cardíaca, oximetria de pulso para saturação de oxigênio, capnógrafo para fração de dióxido de carbono expirada, pressão arterial não invasiva e pressão arterial invasiva. Durante o procedimento cirúrgico, a paciente relatada demonstrou poucas alterações de parâmetros, com resultados satisfatórios nas terapias analgésicas e anestésicas instituídas. Houve necessidade de suporte ventilatório, o qual foi realizado através de ventilação manual. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi relatar a anestesia multimodal de uma paciente com diagnóstico de bolha pulmonar que realizou o procedimento cirúrgico de lobectomia pulmonar, considerando os riscos anestésicos-cirúrgicos e abordando os aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14740 ECTOPIA URETERAL EM CÃO 2024-12-27T23:06:13-03:00 Natália Emily Silva DAMASCENO emydamasceno1@outlook.com Layara Picanço de LIMA cienciaanimal@uece.br Géssica dos Santos ARAÚJO cienciaanimal@uece.br Victor Hugo Vieira RODRIGUES cienciaanimal@uece.br Renan Carvalho LIMA cienciaanimal@uece.br Andressa Dayanne Acácio FRADE cienciaanimal@uece.br <p>Alguns cães apresentam uma anomalia congênita chamada ectopia ureteral, em que os ureteres não se implantam corretamente à bexiga, resultando em sua saída em locais diferentes, como a uretra, útero, vagina ou ductos deferentes e próstata nos machos. Isso causa incontinência urinária desde o nascimento, causando cistite, pielonefrite, hematúria e ao irritar a pele pode apresentar complicações como dermatite. No caso descrito, uma cadela de seis meses, da raça Samoieda, foi atendida em um hospital veterinário apresentando há cinco dias apatia, hiporexia, micção frequente e lambedura excessiva da região genital. Logo após a anamnese foram realizados diversos exames, como hemograma, bioquímico, ultrassonografia abdominal e sumário de urina, devido à suspeita de doença do trato urinário inferior. No entanto, o tratamento inicial não obteve sucesso e a cadela apresentou piora dos sintomas, sendo necessário realizar exames de sangue, ultrassonografias abdominais e internação. Após os exames, foi diagnosticada a ectopia ureteral e realizada a cirurgia de reimplante do ureter. O procedimento para correção da ectopia ureteral foi realizado com sucesso e o animal teve um acompanhamento pós-cirúrgico sem intercorrências e recebeu alta médica após 25 dias de acompanhamento.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14741 USO DO RETALHO DE PADRÃO AXIAL EPIGÁSTRICO SUPERFICIAL CAUDAL ASSOCIADO AO ENXERTO DE MUCOSA ORAL PARA RECONSTRUÇÃO PREPUCIAL EM UM CANINO 2024-12-27T23:06:39-03:00 Lohanne Oliveira FORTE lohanne.oliveira2308@gmail.com Mario Sérgio Feitosa ABE cienciaanimal@uece.br Filipe Oliveira FERREIRA cienciaanimal@uece.br Tiago Cunha FERREIRA cienciaanimal@uece.br Hélio Noberto de ARAÚJO JÚNIOR cienciaanimal@uece.br <p>As afecções no pênis e prepúcio são frequentes na rotina veterinária, e podem ser divididas em congênitas e adquiridas. Como consequência dessas lesões, têm-se principalmente a exposição peniana crônica, tornando-se necessária a correção cirúrgica. Diante disso, objetivou-se relatar uma reconstrução prepucial, realizada em única etapa, usando retalho de padrão axial epigástrico superficial caudal associado ao enxerto de mucosa oral em um canino de quatro meses. O animal foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Estadual do Ceará, com extensa lesão em prepúcio e exposição peniana, decorrente de cirurgias anteriores para correção de fimose. As principais complicações deste tipo de cirurgia incluem seroma, deiscência de sutura, retração cicatricial, estenose de orifício prepucial, parafimose, e rejeição e necrose do enxerto utilizado. No pós-cirúrgico tardio foi observado uma adequada evolução da ferida cirúrgica, bem como a viabilidade do retalho cutâneo e enxerto da mucosa oral. Diante do exposto, conclui-se que a reconstrução utilizada mostra-se como uma alternativa viável à penectomia, com baixa morbidade, curto período de hospitalização, preservação do pênis e boa aparência estética, ressaltando ainda que complicações como parafimose e estenose prepucial podem requerer reintervenção cirúrgica.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14742 SEPTICEMIA EM QUATI-DE-CAUDA-ANELADA EM DECORRÊNCIA DA AÇÃO DE PSEUDOMONAS AERURIGNOSA e PROTEUS sp 2024-12-27T23:06:41-03:00 Jonathan Bryan Lins Nascimento Sant’Ana CORRÊA jblnsc13@gmail.com João Lucas da Silva André ACIOLI cienciaanimal@uece.br Fabiano Rocha PRAZERES JÚNIOR cienciaanimal@uece.br José Alvim de Melo NETO cienciaanimal@uece.br Karina Pessoa OLIVEIRA cienciaanimal@uece.br Kézia dos Santos CARVALHO cienciaanimal@uece.br <p>De forma geral, os procionídeos são facilmente mantidos em cativeiro, desde que esse corresponda às necessidades básicas para a espécie. O cativeiro deve conter poleiros e galhos de diâmetros variados, e como os procionídeos<br>são excelentes escavadores, o piso deve ter uma base de cimento para evitar possíveis fugas, sendo recoberto com areia. Dentro do gênero Pseudomonas sp., a Pseudomonas aeruginosa é um dos agentes mais descritos em<br>processos infecciosos nos animais, podendo ser encontrada desde o substrato do recinto ou ambiente onde vivem, até em partes do corpo. Um outro gênero bacteriano que também está envolvido em processos infecciosos, nesta espécie animal é o Proteus. O trato urinário e pavilhão auditivo são os locais mais comuns a serem afetados por esse tipo de bactéria. Este trabalho demonstrou que a ação dos agentes Psudomonas aeruginosa e Proteus sp produziram uma infecção concomitante local, em que o quadro de infecção evoluiu para um quadro septicêmico, que posteriormente, levou o animal a óbito. Por tanto, a ação desses agentes deve ser sempre considerada como a causa de morte nesta espécie.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14711 Elementos potencialmente tóxicos em marismas: uma revisão sobre tolerância e acúmulo de metais(loides), biomarcadores e potenciais bioindicadores 2024-12-26T22:21:19-03:00 Erica GIARRATANO cienciaanimal@uece.br Maria de la Paz POLLICELLI cienciaanimal@uece.br Carla Belén SCHWERDT cienciaanimal@uece.br Letícia ALMEIDA cienciaanimal@uece.br Thiago Machado da Silva ACIOLY tmsacioly@gmail.com <p>As marismas são importantes ecossistemas costeiros que fornecem numerosos serviços ecossistêmicos. Apesar de sua importância ecológica, essas áreas estão expostas a elementos tóxicos potenciais (ETP) provenientes de diversas fontes naturais e antropogênicas. Os metais e metalóides estão entre os poluentes ambientais mais perigosos devido à sua<br>toxicidade, persistência no ambiente, bioacumulação ao longo da cadeia alimentar e por causarem a interrupção do ecossistema, representando um risco para a biodiversidade dessas áreas e para o bem-estar humano. Apresenta-se aqui uma visão geral das plantas halófitas e invertebrados mais utilizados como potenciais bioindicadores de exposição a metais e dos biomarcadores utilizados em marismas, com base em estudos de monitoramento de campo. Os ETP mais estudados em plantas foram Zn, Pb, Cu, Cd, Cr e Mn, com o padrão de acumulação maior nas raízes/rizomas do que nos tecidos aéreos (folhas, caules). Em invertebrados, Zn, Pb, Cu, Cd, Cr, Ni e Fe foram os elementos mais analisados. Esta revisão destaca a importância dos estudos sobre a acumulação e tolerância de ETP em halófitas. É essencial avaliar e monitorar marismas poluídas usando organismos que não apenas têm o potencial de atuar como espécies sentinelas, mas que também possam ser utilizados para a biorremediação. Se faz necessário um entendimento mais profundo sobre<br>a acumulação, transformação e tolerância aos metais por parte dos táxons dominantes que habitam as marismas, bem como os efeitos dos ETP, para definir medidas adequadas de manejo e restauração dos ecossistemas.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14713 EPIDEMIOLOGIA E HISTOPATOLOGIA DE LESÕES MAMÁRIAS EM CADELAS E GATAS DE FORTALEZA (2022 a 2023) 2024-12-26T23:26:15-03:00 Thais Helena Moreira de SOUSA sousathm@gmail.com Thainá Barrozo ERMEL cienciaanimal@uece.br Thamara Barrozo SAMPAIO cienciaanimal@uece.br Belarmino Eugênio Lopes NETO cienciaanimal@uece.br Geovanni Dantas CASSALI cienciaanimal@uece.br <p>Neoplasias mamárias são as proliferações celulares mais frequentes em cadelas, enquanto em gatas representam a terceira maior ocorrência na clínica oncológica. No período de 2022 a 2023, foram coletados 220 laudos histopatológicos de lesões mamárias em Fortaleza, sendo 180 caninos (179 cadelas e 1 macho) e 40 felinos (39 gatas e 1 macho). Extraídas 238 lesões mamárias em caninos e 54 em felinos. Em caninos as lesões não neoplásicas representaram 2,94% dos casos, 19,75% foram neoplasias benignas e 77,31% eram de neoplasias malignas, onde o carcinoma em tumor misto correspondeu a 51,26% e o adenomioepitelioma maligno 11,77%. Já em felinos as lesões não neoplásicas representaram 9,26%. Neoplasias benignas corresponderam a 3,70%, e as neoplasias malignas constituíram a maior porcentagem com 87,04%. Dentre as neoplasias malignas, o tipo histológico mais visto foi o carcinoma cribriforme com 24,07%, enquanto ambos os adenomioepitelioma maligno e carcinoma papilar apresentaram 16,67%. O tumor primário (T) em cadelas teve sua maior porcentagem em tamanho &lt;3cm (T₁) com 51,68% e os linfonodos regionais sem metástases (N₀) representaram 86,20%. Em gatas, os tumores &gt;3cm (T₃) foram os mais vistos com 42,59% e os linfonodos regionais na sua maioria apresentaram metástases (N₁), onde destas 55,32% eram macrometástase (&gt;2,0mm). Os resultados aqui apresentados são importantes para futuros estudos e para maior compreensão do comportamento biológico das lesões mamárias caninas e felinas.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14714 CARACTERIZAÇÃO DO TRANSBORDAMENTO DO VÍRUS DA RAIVA EM CÃES E GATOS NO ESTADO DO CEARÁ (2015 A 2022) 2024-12-26T23:32:55-03:00 Luisa Edmila de Castro MARQUES luisadecastro@sobral.ce.gov.br Ingryde Paula Aragão Leitão FAÇANHA cienciaanimal@uece.br Francisco Bergson Pinheiro MOURA cienciaanimal@uece.br Lorena Mayana Beserra de OLIVEIRA cienciaanimal@uece.br <p>O vírus da raiva causa uma infecção neurológica aguda e fatal em mamíferos, sendo uma zoonose de alta letalidade. No Brasil, há sete caracterizações antigênicas (AgV) do vírus rábico. Desta forma, o objetivo desse estudo foi<br>caracterizar os casos de transbordamento do vírus rábico em cães e gatos no estado Ceará de 2015 a 2022. A partir dos dados de domínio público disponíveis no portal do Ministério da Saúde foi possível descrever e mapear os resultados das tipificações genéticas através de gráficos do Excel® e demonstrar espacialmente por mapas gerados pelo Qgis®. No estado do Ceará foram detectados 16 casos de transbordamentos do vírus rábico no período estudado, com 11 cães e 5 gatos infectados pelas variantes Agv2* ou AgV3. Em todos os cães ocorreu o transbordamento pela variante Agv2*. Nos 5 casos em gatos, 3 (60%) estavam infectados pela Agv2* e 2 (40%) pela AgV3*. Dentre os 184 municípios cearenses, os registos de transbordamentos ocorreram em 14 (7,6%). O Ceará é o terceiro estado do país com o maior número de transbordamentos em cães e gatos no período estudado, com 16 (20%) casos. Este número foi inferior apenas ao registrado em São Paulo (20 casos - 25%) e Pernambuco (18 casos - 23%). Apesar dos avanços no controle da raiva urbana no Ceará, a sobreposição espacial, temporal e ecológica, natural e expansiva, com vários hospedeiros reservatórios do vírus e o aquecimento global fazem com que a raiva se apresente como uma das principais incógnitas atuais de saúde pública.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14715 OCORRÊNCIA DE MASTITE CLÍNICA E SUBCLÍNICA NO REBANHO LEITEIRO DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO CAMPUS CERES 2024-12-26T23:44:01-03:00 Soraia Santos OLIVEIRA cienciaanimal@uece.br Mônica Maria de Almeida BRAINER monica.brainer@ifgoiano.edu.br Alan Soares MACHADO cienciaanimal@uece.br Ronaildo FABINO NETO cienciaanimal@uece.br Sérgio Côrtes PAIVA cienciaanimal@uece.br <p>Este estudo teve como objetivo realizar o levantamento da ocorrência de mastite clínica e subclínica no rebanho bovino leiteiro do Instituto Federal Goiano Campus Ceres, bem como analisar os fatores de risco relacionados à<br>sua ocorrência. O trabalho foi realizado no período de abril a junho de 2022. Foram realizados testes da Caneca do Fundo Preto e CMT em 22 vacas em lactação da raça Girolanda a cada 15 dias. A prevalência de mastite clínica<br>nos rebanhos foi de 2,6% e a mastite subclínica foi de 46,2%, sendo 14,5% para o escore leve, 10,8% para escore moderado e 20,9% para escore severo. Quanto à evolução da mastite durante o período, foi verificado um aumento do escore 0 do Teste CMT (ausência de mastite) ao longo do tempo até a penúltima coleta, enquanto o escore severo no CMT apresentou uma redução de sua prevalência ao longo das coletas. Esses resultados podem estar associados à adoção de linha de ordenha e pós-dipping, medidas higiênico-sanitárias que não estavam sendo feitas antes. Desse modo, constatou-se elevada frequência de mastite no rebanho leiteiro avaliado, principalmente na forma subclínica, e que falhas no manejo higiênico-sanitário da ordenha devem ser corrigidas para a prevenção e controle da enfermidade.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14716 CARACTERIZAÇÃO HISTOPATOLÓGICA DE LESÕES EM BAÇOS DE CÃES ESPLENECTOMIZADOS 2024-12-26T23:56:17-03:00 Filliphe Santos BARROS fbarros.medvet@gmail.com Eduardo Gomes DE PAULA cienciaanimal@uece.br Felipe Augusto Ruiz SUEIRO cienciaanimal@uece.br Paulo César JARK cienciaanimal@uece.br <p>O baço desempenha papéis vitais no sistema imune e hematopoiético dos cães. Anormalidades esplênicas são comuns e frequentemente diagnosticadas, exigindo avaliações precisas para determinar o curso de tratamento adequado. Na medicina veterinária, não há consenso sobre como diferenciar essas alterações, portanto, uma prática muito utilizada é a esplenectomia total seguida de avaliação histopatológica. A avaliação histopatológica de um grande número de lesões em baços pode despertar a atenção dos veterinários para o percentual de lesões esplênicas<br>reacionais ou benignas em cães, orientando-os a encontrar novos padrões de diferenciação dessas lesões antes de realizar esplenectomia. Este estudo revisou 1.164 casos de lesões esplênicas em cães, abrangendo o período de<br>2008 a 2018. Os dados revelam que 55,9% das lesões são não neoplásicas, enquanto 34,7% são neoplasias malignas, com destaque para o hemangiossarcoma esplênico (HSA). As neoplasias benignas representaram 9,4% das amostras. A idade média dos animais varia entre 9,7 e 10,5 anos, dependendo do tipo de lesão. Cães sem raça definida (SRD) são mais afetados, representando 25,6% dos casos. Esses resultados destacam a importância da avaliação histopatológica na diferenciação entre lesões benignas e malignas. Além disso, sugerem que muitas esplenectomias poderiam ter sido evitadas com uma melhor compreensão das características das lesões esplênicas. Essas descobertas têm implicações significativas na tomada de decisões cirúrgicas, destacando a necessidade de uma abordagem mais criteriosa e individualizada no tratamento de lesões esplênicas em cães.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14727 EUTANÁSIA EM PEQUENOS ANIMAIS: PERSPECTIVAS ÉTICAS, LEGAIS E PSICOLÓGICAS NA PRÁTICA VETERINÁRIA 2024-12-27T14:36:48-03:00 Natan Ferreira ROCHA cienciaanimal@uece.br Iany Candeia ANTUNES cienciaanimal@uece.br Thiago da Silva BRANDÃO thiagobrandaopt@gmail.com Almir Pereira de SOUZA cienciaanimal@uece.br <p>A pesquisa adotou uma abordagem exploratória transversal, utilizando um questionário disponibilizado no Google Forms® para médicos veterinários brasileiros, resultando em 70 respondentes. Os dados obtidos foram tratados de forma descritiva empregando o programa Jamovi®, versão 1.6 para Windows. Estes revelaram uma predominância do sexo feminino (55,7%) e uma concentração na faixa etária de 41 a 50 anos (35,7%). A maioria dos participantes (81,43%) indicou possuir alguma forma de pós-graduação, sugerindo interesse em especialização na área de atuação. A prática da eutanásia foi identificada como frequente entre os respondentes (80%), justificada principalmente por doenças terminais (75,7%) e dificuldades financeiras dos tutores (21,4%). No entanto, observou-se uma falta comum de treinamento específico para realização de eutanásia durante a formação acadêmica (65,7%), embora uma proporção significativa se considerasse apta para conduzir o procedimento (83%). Em termos emocionais, a eutanásia impôs uma carga psicológica considerável, refletida em sentimentos como tristeza (74,3%), responsabilidade pelo ato (72,9%), além de incômodo (42,9%) e culpa (22,9%). Concluise que medidas como apoio emocional, treinamento especializado e conscientização sobre os aspectos éticos e emocionais são necessárias para mitigar o impacto da eutanásia na saúde mental dos médicos veterinários, garantindo assim o bem-estar dos profissionais e a qualidade dos cuidados aos animais. Desta forma, objetivou-se com esse estudo analisar o conhecimento, as atitudes e as consequências da prática da eutanásia em cães e gatos por Médicos Veterinários no Brasil.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14728 FISIOLOGIA DO MOVIMENTO ESPERMÁTICO 2024-12-27T14:49:20-03:00 Sueane Filipe AGUIAR sueane.aguiar@aluno.uece.br Ana Paula Rocha JOVENTINO cienciaanimal@uece.br Gabrielly Aparecida de Morais LIMA cienciaanimal@uece.br Ingrid da Silva SOUSA cienciaanimal@uece.br Larissa Linhares TEIXEIRA cienciaanimal@uece.br Ricardo TONIOLLI cienciaanimal@uece.br <p>A motilidade espermática é o fator chave para a qualidade do sêmen e um preditor confiável para fertilização bem sucedida, apresentando uma relação direta com a fertilidade. Trata-se de um processo complexo que envolve várias estruturas presentes, principalmente, no flagelo, de forma que faz-se necessário o conhecimento de fatores estruturais e fisiológicos deste componente espermático. Desta forma, essa revisão resume aspectos celulares e fisiológicos da motilidade espermática. A identificação e as funções dos elementos que compõem o flagelo, a síntese de energia e os substratos para tanto utilizados, e os tipos de movimentos espermáticos foram revisadas dentro da literatura atual.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14729 SÍNDROME DA DISFUNÇÃO COGNITIVA EM FELINOS DOMÉSTICOS 2024-12-27T14:59:12-03:00 Keityane de Oliveira e SILVA keityane.silva@arapiraca.ufal.br Danillo de Souza PIMENTEL cienciaanimal@uece.br <p>O envelhecimento pode ser definido como um processo de declínio progressivo nas funções fisiológicas de organismos vivos, sendo este associado à passagem do tempo e influenciado por fatores genéticos, ambientais e nutricionais. A Síndrome da Disfunção Cognitiva Felina (SDCF) é uma patologia neurodegenerativa relacionada a idade que causa a degeneração neuronal e a deterioração das sinapses, sendo semelhante a Doença de Alzheimer (DA) em humanos. A SDCF é caracterizada pela manifestação de alterações comportamentais, de modo especial<br>a vocalização, além de alterações relacionadas ao aprendizado e memória, bem como diminuição no nível de consciência (resposta a estímulos) e confusão. O diagnóstico definitivo para a SDCF consiste na exclusão de outras<br>possíveis doenças, além do exame clínico, físico, neurológico e testes laboratoriais/diagnósticos e a aplicação de um questionário de triagem cognitiva, para que doenças semelhantes sejam descartadas. Atualmente não existe cura para tal enfermidade, sendo o tratamento paliativo indicado para retardar o progresso da doença, através da suplementação vitamínica, terapia farmacológica, terapias dietéticas e de enriquecimento ambiental. Algumas semelhanças entre a SDCF e a DA podem ser encontradas incluindo a presença da proteína beta-amiloide e da proteína tau hiperfosforilada, sendo estas apontadas como possíveis desencadeadoras de tais doenças. Dessa forma, mediante a escassez de trabalhos científicos sobre a disfunção cognitiva em animais de companhia, sobretudo nos felinos domésticos, objetivou-se com o presente trabalho realizar uma revisão de literatura sobre a disfunção cognitiva em felinos domésticos, abordando desde aspectos etiológicos até seu tratamento.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/14730 EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GÔNADAS: ASPECTOS ENDÓCRINOS 2024-12-27T15:27:02-03:00 Felipe Amaro DOS SANTOS felipeamaroo100@gmail.com Vitória Oliveira NEPOMUCENO cienciaanimal@uece.br Hilda Lara Costa CARDOSO cienciaanimal@uece.br Iury Honório SILVA cienciaanimal@uece.br Larissa Maria Farias ALVES cienciaanimal@uece.br Ricardo TONIOLLI cienciaanimal@uece.br <p>O eixo hipotálamo-hipófise-gônadas é um sistema endócrino fundamental para o controle da reprodução e do desenvolvimento sexual em mamíferos, incluindo humanos. O hipotálamo, uma região do cérebro, desempenha<br>um papel central nesse sistema ao secretar hormônios liberadores e inibidores que modulam a atividade da hipófise, uma glândula localizada na base do cérebro. Por sua vez, a hipófise secreta hormônios gonadotróficos, que influenciam diretamente as gônadas. Nos homens, o LH estimula as células de Leydig nos testículos a produzirem testosterona, sendo o FSH responsável por promover a espermatogênese através da ação nas células de Sertoli. Já nas mulheres, o FSH induz o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrógeno, enquanto o LH desencadeia a ovulação e estimula a formação do corpo lúteo, que secreta progesterona. Estes hormônios sexuais desempenham papéis críticos em inúmeros processos fisiológicos, incluindo o desenvolvimento e diferenciação sexual, manutenção da fertilidade e modulação do comportamento sexual. Alterações ou disfunções no eixo hipotálamo-hipófise-gônadas podem resultar em uma variedade de distúrbios hormonais, tais como infertilidade, distúrbios do ciclo menstrual, puberdade precoce ou tardia, e outras condições médicas associadas à reprodução.</p> 2024-12-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024