REAÇÃO FARMACODÉRMICA EM UM YORKSHIRE TERRIER APÓS ADMINISTRAÇÃO DE METRONIDAZOL COM AMOXICILINA CLAVULANATO DE POTÁSSIO
Palavras-chave:
Farmacodermia, Cão, Necrose, Dermatologia veterináriaResumo
A administração de fármacos para tratamento, prevenção e diagnóstico de doenças é amplamente utilizada na medicina veterinária; porém, esta prática pode provocar reações indesejadas em alguns casos, mesmo quando empregados nas doses, vias de administração e intervalos recomendados. Com relação às manifestações clínicas, essas podem envolver qualquer órgão ou sistema, mas a pele é o órgão mais frequentemente acometido, classificando-se então como uma farmacodermia. Uma farmacodermia, embora seja considerada uma afecção de rara ocorrência em cães, é extremamente importante na rotina veterinária, dada a sua gravidade e difícil diagnóstico decorrente da inespecificidade de sinais clínicos. O presente relato de caso teve como objetivo descrever o caso de uma cadela de onze anos de idade, da raça Yorkshire Terrier. O animal foi tratado com amoxicilina + clavulanato de potássio via subcutânea na dose de 20mg/mL, a cada 8 horas e metronidazol via intravenosa na dose de 15mg/mL, a cada 12 horas. Após o tratamento, este apresentou lesões cutâneas necróticas no dorso, demonstrando melhora clínica e regressão das lesões, após a suspensão imediata dos medicamentos. Assim, foi definido como diagnóstico presuntivo a farmacodermia do tipo necrólise epidermal tóxica. Desta forma, o presente trabalho visa difundir informações sobre a farmacodermia, buscando orientar na conduta terapêutica de pacientes com essa afecção, pelo fato de se tratar de uma doença pouco relatada na medicina veterinária.
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