A FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS SEQUELAS DE CINOMOSE

Autores

  • Milena Glansmann Campos Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC)
  • Leonardo Toshio Oshio Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC)
  • Anna Marcella Neves Dias Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC)
  • Rhadanna Tonetti Botelho Centro de Reabilitação Juiz de Fora

Palavras-chave:

Cinomose, fisioterapia veterinária, reabilitação, sequelas

Resumo

A cinomose é uma doença viral e multissistêmica que afeta os principais órgãos do corpo. Os sinais clínicos têm evolução gradativa e os animais afetados podem apresentar anorexia, desidratação, diarreia, alterações respiratórias, oculares e sinais neurológicos, gerando transtornos na mobilidade e no bem-estar do animal. O tratamento complementar implica no uso da fisioterapia veterinária que vem obtendo resultados satisfatórios na recuperação das sequelas de cinomose. O objetivo do estudo foi relatar um caso clínico no qual foram utilizados recursos fisioterapêuticos para tratamento das sequelas de cinomose. A cadela do presente relato, foi diagnosticada com cinomose e, após finalizado o tratamento convencional, pôde constatar sequelas recorrentes dessa doença, tais como: atrofia muscular generalizada, inúmeras contraturas e incapacidade de deambular. Após realizar quatorze sessões de fisioterapia, ao se utilizar magnetoterapia, eletroterapia, cinesioterapia, laserterapia e hidroterapia, a cadela recebeu alta do tratamento devido à melhora. Portanto, a fisioterapia apresenta propriedades importantes e eficazes que quando associadas, podem auxiliar no tratamento das sequelas decorrentes da cinomose. Com isso, proporciona redução dos sinais clínicos, melhoria na qualidade de vida e bem-estar do animal e, consequentemente, contribui para o retorno das atividades diárias e impacto significativo para o paciente.

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

CAMPOS, M. G.; OSHIO, L. T.; DIAS, A. M. N.; BOTELHO, R. T. A FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS SEQUELAS DE CINOMOSE. Ciência Animal, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 154–161, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/9664. Acesso em: 22 maio. 2024.

Edição

Seção

Relato de Caso