DEFORMIDADE FLEXURAL EM POTRO
Palavras-chave:
Potro, Deformidade flexural, OxitetraciclinaResumo
As deformidades flexurais são caracterizadas pelo desvio da orientação normal do membro, detectadas pela permanente hiperflexão de uma ou mais regiões articulares. O termo deformidade flexural ou tendões contraídos tem sido utilizado tradicionalmente para representar várias deformidades flexoras nos membros. Todavia, o potencial para contração deste tecido é limitado. O defeito primário não está necessariamente no tendão. As deformidades flexurais congênitas devem ser tratadas imediatamente após o seu diagnóstico, com a severidade da deformidade ditando o quão agressivo será o tratamento. Quanto mais novo for o potro, melhor a resposta ao tratamento, devido ao fato de que os tecidos se tornam menos responsivos ao tratamento com o passar do tempo. O presente trabalho teve como objetivo relatar um caso de deformidade flexural em um potro submetido a tratamento conservativo. Foi atendido pelo HGV-Hospital Geral Veterinário, em Aquiraz, um potro, macho, não castrado, com cinco dias de idade, pesando aproximadamente 50kg, o proprietário relatou que após o nascimento o potro estava com os cascos projetados dorsalmente e com dificuldade de locomoção. Ao exame clínico, constatou-se que o potro apresentava hiperflexão bilateral dos membros torácicos, ocasionando deformidade flexural metacarpofalangeana e interfalangeana. Após o diagnóstico foi instituído tratamento à base de oxitetraciclina e tiocochilcosideo e o uso de talas de PVC. O tratamento conservativo com uso da oxitetraciclina e do tiocolchicosídeo no caso de deformidade flexural no potro do presente relato foi eficiente, revertendo o quadro sem trazer sequelas ao potro.
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