Registro de Ligula intestinalis gmelin, 1789 (Cestoda: Trypanohrryncha) em peroá - Balistes capriscus (Actinopterygii: Tetraodontiformes) no litoral do Espírito Santo, Brasil
Palavras-chave:
Larvas, Parasito de pescado, Peixes teleósteos marítimos, PlatyhelminthesResumo
A presença de larvas de helmintos em peixes tem contribuído para perdas produtivas devido ao descarte de tecidos parasitados, considerados impróprios para consumo. As alterações ambientais, tais como aumento da poluição de águas e o risco de extinção de algumas espécies de peixes, como Balistes caspricus, tem contribuído para alteração na relação entre os hospedeiros e seus parasitos, como a mudança de hospedeiro realizada pelo parasito. Dessa forma, a frequência de parasitos em animais aquáticos e sua diversidade tem sofrido alterações. Peixes geralmente são hospedeiros intermediários de larvas de cestóides, que causam lesões severas e podem afetar o desenvolvimento e até levar a morte animais. Este trabalho teve como objetivo relatar a ocorrência de larvas em peroá (B. capricus) no litoral do Brasil. Foram coletadas larvas de tecido muscular e guelras de peixes necropsiados (B. capricus), que foram adquiridos em mercado de peixes oriundos do litoral Sul do Espírito Santo. Essas larvas foram enviadas para identificação morfométrica num laboratório e foram identificadas como L. intestinalis, esse é o primeiro registro de L. intestinalis parasitando B. caspricus. 51% dos peixes estavam infectados e o número médio de larvas foi de 2,5. A presença de larvas em tecido muscular de peixes gera grandes perdas na produção de pescado, devido ao descarte de tecidos infectados, pois há destruição tecidual e alterações na carcaça. Esse é o primeiro registro de L. intestinalis em B. caspricus, que é uma espécie de peixe muito apreciado na culinária do Brasil.
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