CENTÚRIAS - Revista Eletrônica de História
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<p>A CENTÚRIAS - Revista Eletrônica de História foi criada em 2023, pelo Programa de Educação Tutorial - PET/MEC, do curso de História, da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos - FAFIDAM, <em>campus</em> da Universidade Estadual do Ceará - UECE, na cidade de Limoeiro do Norte – Ce. A Revista se destina à divulgação de artigos produzidos por pesquisadores sem oferecer restrição de titulação, podendo nela publicar discentes e docentes de História. Pautando a excelência dos conteúdos publicados, o periódico conta com uma Equipe Editorial constituída por professores-pesquisadores da área de História. </p> <p><span style="vertical-align: inherit;">e-ISSN: 2965-1867</span></p>EdUECEpt-BRCENTÚRIAS - Revista Eletrônica de História2965-1867UMA VIDA DE SURURU
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<p>Este artigo analisa como Graciliano Ramos, em seu livro <em>Angústia</em> (1936), constrói uma representação sensível da cidade de Maceió no início do século XX, ressaltando as contradições sociais e existenciais da modernidade urbana. O objetivo almejado é o de investigar a relação entre História e Literatura, explorando como o autor articula, por meio da trama de seu texto, os espaços urbanos, isto para destacar as desigualdades, tensões política e os impactos do capitalismo incipiente sobre a subjetividade. A abordagem combina análise literária e contexto histórico, considerando a trajetória pessoal do autor e o jogo simbólico dos ambientes descritos. Conclui-se que Ramos imagina o espaço urbano como força opressora que materializa uma modernidade fragmentada, na qual a promessa de progresso convive com o desamparo e a alienação. Desse modo, a cidade narrada em <em>Angústia</em> adquire contornos quase metafísicos, de representação dos processos de tentativa de inserção do país na modernidade ocidental.</p>Willian Scalco Pain
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2025-11-102025-11-10370117REZAR, BENZER E CURAR
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<p><span style="font-weight: 400;">Com base no pensamento de Chartier, o estudo sobre as práticas e as representações coletivas é essencial para o entendimento do ser humano como animal cultural, que dentre outros aspectos, busca questionar a separação rígida entre cultura popular e cultura erudita. É neste contexto que o artigo se insere, tendo como objetivo buscar relacionar a historiografia da Saúde Pública no Brasil e no Ceará com as memórias de uma rezadeira da Lagoa Redonda, em Fortaleza, buscando aprofundar-se sobre as rezas e benzimentos como práticas complementares à medicina convencional, ressaltando seu valor cultural e simbólico, além de tensionar os saberes populares com os eruditos, inseridos tanto no campo da História Cultural como na História das Saúdes e das Doenças. A pesquisa destaca a construção de práticas populares de cura e sua importância para a narrativa histórica por meio da História Oral. A metodologia adotada é qualitativa e exploratória, fundamentada em fontes bibliográficas e em uma entrevista realizada em 2023 com uma rezadeira local. As rezas e benzimentos, além de oferecerem cuidados alternativos, também desempenham papel fundamental na preservação da Memória Social, contribuindo para o entendimento de experiências individuais e coletivas relacionadas à saúde. O artigo também reforça, portanto, a relevância do saber popular nas abordagens históricas sobre cura e doença frente à modernização e à marginalização social.</span></p>Elton MirandaRyann Cabral DiasMaria Eduarda Moreira Oliveira
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2025-11-252025-11-25371837MULHERES FORRAS NA JUSTIÇA
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<p>Este artigo tem como objetivo apresentar, por meio do estudo de um caso específico, uma breve análise sobre a presença de mulheres forras na justiça local da cidade de Mariana, capitania de Minas Gerais, no ano de 1745. Para tanto, faremos uso de um processo-crime do dito ano, no qual estão envolvidas, como autora e ré, duas mulheres pardas forras, Joana de Gouvea e Maria da Costa, ambas moradoras no arraial da Passagem. Através desta ação de ameaça de agressão, intentamos compreender como se davam as manifestações jurídicas das libertas na sociedade em questão e notar a dinâmica de suas relações sociais e econômicas quando acontecia um evento que as levava a procurar a justiça. Além disso, busca-se refletir sobre a agência dessas mulheres dentro de um sistema jurídico colonial que, embora estruturado por fortes hierarquias raciais e sociais, ainda assim oferecia brechas de atuação às pessoas libertas. O estudo também visa contribuir para o debate historiográfico acerca da atuação de sujeitos subalternos na esfera judicial, evidenciando como, mesmo diante de limitações institucionais, essas mulheres conseguiam mobilizar recursos legais para defender seus interesses e reafirmar sua posição social, bem como sua honra.</p>Beatriz Sales Dias
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2025-12-012025-12-01373859