Occursus - Revista de Filosofia

Occursus - Revista de Filosofia - V7N1 - Jan./Jun. 2022 - Edição Integral

2024-04-08T18:07:42-03:00

Occursus - Revista de Filosofia - V7N1 - Jan./Jun. 2022

2024-04-08T17:06:30-03:00

A revista de graduação da UECE – Occursus, em mais uma empreitada, vem trazer ao público leitor (pesquisadores e estudiosos em geral) uma nova edição do periódico. Neste novo número, gostaríamos de apresentar nosso trabalho finalizado para este semestre, fruto da coletividade dos diversos colaboradores (editores, pareceristas, autores e leitores), com intenção de expor as discussões filosóficas, bem como as pesquisas e resultados acadêmicos profícuos em terras brasílicas; além do mais, embora continuemos num contexto pandêmico, nossos esforços caminham em direção a trazer reflexões sobre nossa conjuntura atual de pesquisa. Desse modo, disponibilizamos aqui o volume 7, número 1 relativo ao primeiro semestre de 2022. O número atual reúne doze trabalhos.

A fantasmagoria benjaminiana e aproximações com as influenciadoras de moda no Instagram

2023-02-24T09:21:41-03:00

A pesquisa tem como objetivo identificar de que modo a fantasmagoria de Walter Benjamin, cria aproximações e relações com as influenciadoras digitais de moda na atualidade. Para construir esse estudo, utilizamos uma abordagem qualitativa, multidisciplinar, exploratória. Apanhando o conhecimento por meio de autores como Walter Benjamin, André Carvalhal, Susan Buck-Morss e Georg Simmel os quais tornaram possível fazer o questionamento sobre as aproximações entre fantasmagoria benjaminiana e as influenciadoras de moda do público feminino. Após definidos os principais conceitos que permeiam essa pesquisa, foram entrevistadas influenciadoras, de maneira que pudéssemos analisar suas respostas, assim sendo possível analisar a teoria deste estudo.

As linhas de fuga de Friedrich Nietzsche

2023-02-24T10:06:00-03:00

O presente artigo analisa a obra de Friedrich Nietzsche a partir de cinco vetores temáticos, a saber: linguagem, verdade, niilismo, moral e misoginia. Tais tópicos, abordados sob a égide de uma leitura deleuziana de seus escritos, possibilitam uma discussão a respeito da possibilidade de uma interpretação eminentemente emancipatória, contrariando as historicamente reiteradas tentativas de apropriação pela extrema-direita. Argumenta-se aqui que, apesar de alguns dizeres notadamente reacionários, o autor traçou linhas de fuga rumo a uma filosofia, de fato, do futuro.

David Hume e os elementos da causalidade e seu estatuto

2023-02-24T10:24:22-03:00

Este trabalho investigará o conceito de causalidade cunhado pelo filósofo escocês David Hume. Identificaremos quais são os elementos constitutivos dos raciocínios causais, feito isso, os analisaremos de forma didática a fim de encontrar seu estatuto, isto é, qual valor epistêmico a causalidade pode ter na epistemologia humeana. Veremos que ela não pode ser considerada demonstrável, mas apenas provável.

A arte como uma possibilidade original de desvelamento do ser

2023-02-24T10:43:59-03:00

Este artigo busca refletir sobre a técnica e suas implicações sobre o homem contemporâneo, o qual na visão de Heidegger fez com que o homem afastasse do ser, o pensador alerta que precisamos desprender desse pensamento ordenador em busca de um mais original, porque enquanto estivermos norteados por esses tecnicismos, seremos sempre condicionados a definir os objetos no mundo pela serventia e não pelo que de fato eles são, então precisamos desvencilhar das amarras dos logicismos para compreendermos o que verdadeiramente é o ser e um dos meios para isso é a arte.

Considerações acerca da virtude da moderação na ética aristotélica

2023-02-24T11:21:51-03:00

O objetivo do presente artigo é discutir a moderação como virtude a partir da ética aristotélica, com o intuito de refletir sobre a importância dessa concepção para atualidade. Para isso, recorre-se às obras de Aristóteles, sobretudo à Ética à Nicômaco. Além disso, a fim de ampliar o olhar sobre a teoria aristotélica, se recorre à comentadores e teóricos da ética, como Alasdair Macintyre e David S. Oderberg. O estudo desta temática filosófica conduz à afirmação de que a ética aristotélica é útil para atualidade, visto que suas temáticas reverberam servindo de respostas a problemas contemporâneos.

O positivo, o real, o narrativo: verdade jurídica e indeterminações normativas sob uma ótica filosófico-literária

2023-02-27T00:25:51-03:00

O objetivo do artigo é realizar um estudo transdisciplinar que aborde os problemas referentes à indeterminação da linguagem das normas e à busca pela verdade na esfera jurídica. Abordando – entre o Direito e a Filosofia – Kelsen, Hart e Taruffo, Nietzsche, Gadamer, Cover e MacIntyre, e – na Literatura – as obras ―O mercador de Veneza‖, ―Dom Quixote de la Mancha‖ e ―O Processo‖, defende-se que uma verdade é validada por consensos estabelecidos previamente a partir de específicas pretensões de fundamento hermenêutico, não sendo o processo judicial, assim, um instrumento jurídico capaz de trazer, necessariamente, a formação de uma única verdade.

A noção nietzschiana de eterno retorno como um pressuposto ético

2023-02-27T00:01:21-03:00

O presente trabalho pretende discorrer sobre uma das principais noções da filosofia de F. W. Nietzsche, o eterno retorno. Entre as diversas perspectivas de interpretação que se tem e que se possa fazer, propomo-nos discutir exclusivamente o problema ético do eterno retorno a partir de alguns textos das obras escritas do filósofo e de alguns estudiosos do assunto. Por esse viés, esperamos estimular um diálogo entre o pensamento ético de eterno retorno de Nietzsche com os outros princípios éticos como o de Immanuel Kant que o influenciaram e serviram, também, como objeto de crítica. Um exame mais pormenorizado e aprofundado acerca do significado do eterno retorno de certo demandaria uma quantidade maior e diversificada de pesquisas, incluindo não unicamente as obras publicadas pelo filósofo, mas também um amplo material publicado postumamente. Sob esse ângulo, o presente texto deve ser entendido como uma indicação para futuras pesquisas.

A interpretação cética de Wittgenstein: uma negação da “virada linguística”?

2023-01-31T23:53:07-03:00

O presente artigo tem o intuito de estudar o Wittgenstein cético, bem como as implicações deste ceticismo para a Filosofia Analítica. As quatro seções do artigo investigarão as obras de Wittgenstein, a presença do ceticismo nessas obras, a interpretação kripkeana da sua obra, bem como qual impacto o ceticismo wittgensteiniano pode trazer para a ideia contemporânea de ―virada linguística.

O papel da memória dramática no prólogo do Teeteto de Platão

2023-02-24T10:32:57-03:00

Este artigo trata de investigar como a chamada memória dramática se torna um conceito chave para interpretar o prólogo do Teeteto de Platão. Nele, observarmos como o filósofo dispõe as memórias dos interlocutores, articulando-as a outros dois conceitos, a saber, a oralidade e a escrita para a construção da narrativa. A leitura proposta pretende dar não somente ao prólogo, mas a todo o diálogo, uma função memorialística, dedicada à preservação da memória de Sócrates por Platão.

Altas de nuvens: uma leitura possível por meio de Walter Benjamin

2023-02-27T00:16:04-03:00

Este breve ensaio, diante às várias possibilidades analíticas abertas por Atlas de Nuvens (2016), opta por mapear possíveis relações que o livro, em especial no que concerne as histórias 3, 5 e 6, pode estabelecer com a filosofia de Walter Benjamin, mais pontualmente suas Teses Sobre o Conceito de História. Para tal, introduzir-se-á brevemente um resumo de cada um dos seis contos que compõem Atlas de Nuvens e sua organização estrutural. Após isso, indicar-se-á pontuais passagens de Walter Benjamin que apresentariam semelhanças e ressonâncias sincronizadas com os conceitos que transpassam a obra literária de David Mitchell.

Ensaio sobre os dois pontos de vista da psicologia:

2024-04-08T17:31:48-03:00

Nossa intenção com o presente texto é a de esboçar um ligeiro caminho desses dois modos de estudar o homem – a psique. Apresentaremos também os dois pontos de vista, objetos deste ensaio, com excertos da escrita de alguns autores que escolhemos como emblemas da nossa investigação – mostrando os resultados epistemológicos e práticos dessa situação. Tudo isso dando um leve destaque ao ponto de vista peculiar que será objeto de uma rápida crítica filosófica, a saber: o ponto de vista exterior.

Ian Hacking, acerca do realismo interno

2023-02-24T09:52:05-03:00

A presente proposta de ensaio, versará acerca da obra de Ian Hacking (1936-*), intitulada de Representar e Intervir: Tópicos introdutórios de filosofia da ciência natural (2012), mais especificamente o capítulo denominado de realismo interno. Nosso intuito com esse recorte temático é explicitar os argumentos críticos do filósofo canadense acerca do que tange a mudança de postura filosófica de Hilary Putnam (1926-2016) do realismo para o antirrealismo. Tanto quanto suas implicações conceituais para o realismo científico do qual Hacking é partícipe e defensor.