A unidade do infinito e finito para além das simples oposições do próprio entendimento em Hegel
Palavras-chave:
Unidade. Infinito. Finito. Entendimento. Determinação.Resumo
A filosofia busca pela razão a unidade. Neste contexto, nos direcionamos ao movimento dialético encontrando na a natureza do universal, o algo simples que contém por meio da absoluta negatividade, a suprema diferença e determinidade em si. Assim, o ser é algo simples, e num primeiro momento, não se pode dizer dele o que é; ele é, por conseguinte, imediatamente uno com seu outro, com o não ser. Exatamente esse é o seu conceito, de ser algo assim simples, que imediatamente desaparece em seu oposto; visto que ele é o devir. Destarte, o universal, ao contrario, é o simples, que igualmente é o mais rico em si mesmo, justamente porque é o conceito. Assim, o campo de investigação desta exposição nos direciona, a exemplo, para uma oposição entre o finito (natureza) e o infinito (espírito), onde a síntese sujeito-objeto é destituída de sua essencialidade, visto que cai em uma unilateralidade do ideal regulativo posto pelo entendimento. Mas, torna-se reflexão como aparência da essência de si mesma. É sob essa afirmação que empreendemos ter como objetivo neste artigo, abordar sobre a unidade entre o infinito e o finito, – o absoluto, para além das simples oposições do próprio entendimento. Para isso, empreendemos a partir do livro A Ciência da Lógica [Wissenschaft der Logik] de Hegel (1770-1831), constituindo o complexo como objeto da Lógica, empreendendo a ideia como o sistema dos conceitos puros, onde possibilita a lógica, a manifestação do entendimento.
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