Revista GeoUECE https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE <p>A <strong>Revista de Geografia - GeoUECE</strong> é uma iniciativa do <strong>Programa de Pós-Graduação em Geografia</strong> da <strong>Universidade da Universidade Estadual do Ceará</strong>. O seu principal objetivo é publicar artigos científicos, ensaios, debates, entrevistas, práticas pedagógicas, traduções técnicas, resenhas inéditas em português e línguas internacionais sobre temas que contribuam para o enriquecimento do debate geográfico. É dirigida a <strong>pesquisadores</strong>, <strong>profissionais e alunos da pós-graduação de Geografia e áreas afins</strong>. A sua organização nas seções propostas permite a publicação de materiais sob diferentes formatos e naturezas. </p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: A4 Geografia.<br />Prefixo DOI: 10.52521<br />e-ISSN: 2315-028X</span></p> pt-BR revistageouece@gmail.com (Cláudio Smalley Soares Pereira) eduardo.lgco@gmail.com (Eduardo Lacerda Barros) Fri, 31 Jan 2025 16:12:43 -0300 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Os desafios para a formação superior dos estudantes da comunidade quilombola Dona Juscelina (CQDJ) em Muricilândia-TO https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/11853 <p><em>Este trabalho vê a perspectiva educacional dos estudantes quilombolas, por meio dos desafios de cursar o ensino superior, que é exposta aqui por meio da migração pendular, como o ato de ir e vir para estudar. Esse deslocamento se dá entre dois municípios, Muricilândia-TO, a cidade de origem, e Araguaína-TO, cidade onde se localiza a instituição pública mais próxima, a Universidade Federal do Norte do Tocantins/UFNT. O objetivo desta pesquisa é mostrar essa realidade durante este deslocamento diário, na qual estão inseridos os acadêmicos da Comunidade Quilombola Dona Juscelina – CQDJ.&nbsp; Em específico, busca-se discutir sobre os desafios diários desses estudantes para cursar o ensino superior. A metodologia é a abordagem qualitativa e a abordagem quantitativa, por meio de um estudo de caso. Com efeito, a investigação possibilitou aprender mais sobre a realidade de formação desses estudantes. Em especial a sua importância, tendo em vista que para muitos estudantes quilombolas essa é a única forma de continuar os estudos após a conclusão da educação básica, e ter acesso ao ensino superior, sem ter que migrar da comunidade de origem para outras cidades</em><em>.</em></p> Antônia Queiroz, Lucas Espíndola da Silva Copyright (c) 2024 ANTONIA QUEIROZ, LUCAS ESPINDOLA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/11853 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 AWA PAPEHAPOHA: um estudo sobre educação escolar entre os Awa Guajá/MA https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12217 <p>Este artigo analisa o processo de implantação da escola entre os Awa Guajá, a partir de experiências localizadas em comunidades deste povo que contaram com a participação de membros do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Tal proposição é desdobrada em objetivos específicos: a) analisar as formas como, no contexto cultural Awa Guajá, a escola é organizada para responder aos interesses e intencionalidades deste povo e b) discutir os principais desafios enfrentados pelos Awa Guajá para a construção de uma educação escolar pautada em suas pedagogias e processos próprios de aprendizagem. A pesquisa foi realizada nas aldeias Awa e Tiracambu, T. I. Caru, município de Bom Jardim, MA e elegeu a pesquisa etnográfica como abordagem teórico-metodológica, utilizando duas estratégias principais: a análise de fontes documentais e bibliográficas e a pesquisa de campo, na qual se articulam recursos como a observação, o registro de depoimentos indígenas e o diário de campo. Os resultados mostraram que a escola foi implantada por uma demanda e necessidade expressa pelos Awa, a mesma foi organizada tendo como pressuposto uma metodologia participativa fundamentada no diálogo com a cultura, a língua, os saberes deste povo, construindo, portanto, práticas escolares aos modos de ser e educar dos Awa.</p> Rosana de Jesus Diniz Santos, Iara Tatiana Bonin, Marilda da Conceição Martins Copyright (c) 2024 Rosana de Jesus Diniz Santos, IARA TATIANA BONIN, MARILDA DA CONCEIÇÃO MARTINS https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12217 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 Percepção ambiental dos ribeirinhos sobre a poluição e qualidade da água do médio rio Tocantins, Maranhão https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12334 <p>O rio Tocantins é essencial para o sustento da população maranhense, porém, apesar de sua importância, a região enfrenta problemas de degradação ambiental pelo crescimento urbano acelerado, como desmatamento de encostas, exploração intensa de recursos pesqueiros, poluição do ar e água, assoreamento, dragagem e falta de saneamento. Objetivou-se investigar a percepção ambiental dos ribeirinhos quanto à qualidade da água do médio rio Tocantins através da aplicação de questionários estruturados. A pesquisa foi realizada entre os meses de agosto e dezembro de 2023, contando com um universo amostral de 50 entrevistados. Ainda, foi utilizada uma abordagem multimétodo para a integração de dados quantitativos e qualitativos. A população atingida foi composta por famílias ribeirinhas distribuídas entre quatro pontos de aplicação de questionário ao longo do médio rio Tocantins (P1: Beira Rio – zona urbana, P2: povoado Bananal, P3: povoado Embiral e P4: povoado Cidelândia). Percebe-se que a (88%) dos ribeirinhos no estudo residem no local há mais de 10 anos. Ainda, 34% consomem e comercializam peixes nativos, 62% usam apenas para consumo próprio e 4% não consomem. Ademais, 84% dos participantes afirmam não possuir rede de esgoto nas suas residências. Evidenciando a importância dos recursos pesqueiros e a água do rio para essa população.</p> Thiago Machado ds Silva Acioly, Matheus Bilio Alves, Letícia Almeida Barbosa, Marcelo Francisco da Silva, José Iannacone, Diego Carvalho Viana Copyright (c) 2025 Thiago Machado ds Silva Acioly, Matheus Bilio Alves, Letícia Almeida Barbosa, Marcelo Francisco da Silva, José Iannacone, Diego Carvalho Viana https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12334 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Referenciais curriculares para a educação escolar indígena do Maranhão: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12418 <p>Este artigo tem como objetivo geral analisar a contribuição dos Referenciais Curriculares para a Educação Escolar Indígena do Maranhão (RECEIMA) para a formação de professoras(es) maranhenses. Além deste, outros objetivos se somam: a) analisar o processo histórico de formulação do RECEIMA para a Educação Escolar Indígena do Maranhão, b) Investigar os princípios político-pedagógicos que sustentam a elaboração do RECEIMA e c) caracterizar a concepção de formação de professoras(es) presente no RECEIMA. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que se apoiou na revisão de literatura e na análise documental. A fundamentação teórica foi realizada com base nos trabalhos de Baniwa (2019), Grupioni (2006), Luciano (2006), Munduruku (2012), Papi (2005), Santos (2009), dentre outras(os). A pesquisa evidenciou que a construção do RECEIMA apresentou avanços e conquistas para a Educação Escolar Indígena no Maranhão, a saber: profissionalização dos professoras(es) das escolas indígenas; incentivo à construção de projetos políticos pedagógicos das escolas indígenas; inserção da parte diversificada do currículo, acrescentando Direito Indígena e Língua Indígena como componentes curriculares diferenciados; apoio à elaboração de materiais didáticos específicos para as escolas indígenas, dentre outros.</p> Raimunda de Moraes Mota, Jocenilson Mendes Costa, Marilda da Conceição Martins, Francisco José Ferreira Carvalho, Maria José Jansen Santos Copyright (c) 2025 RAIMUNDA DE MORAES MOTA, MARILDA DA CONCEIÇÃO MARTINS , FRANCISCO JOSÉ FERREIRA CARVALHO, MARIA JOSÉ JANSEN SANTOS, JOCENILSON MENDES COSTA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12418 Fri, 31 Jan 2025 00:00:00 -0300 Práticas de cuidado em saúde numa comunidade quilombola do agreste alagoano https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12467 <p>A temática da saúde da população quilombola ainda é um tema pouco debatido na academia, dessa forma buscamos responder a essa demanda, mais especificamente nos cuidados comunitários de saúde. Por isso, objetivamos analisar na presente pesquisa as narrativas sobre as práticas de cuidado presentes em uma comunidade quilombola no agreste de Alagoas, bem como identificar as práticas de cuidado em saúde presentes no território quilombola e compreender como as questões étnico-raciais se implicam na manutenção das práticas de cuidado em saúde produzidas na comunidade. Devido à situação de pandemia, que nos obrigou a adotar medidas de isolamento social, optamos por realizar entrevistas semiestruturadas com cuidadores/curadores e usuários das práticas de cuidado em saúde presentes no território quilombola. Para isso, contamos com a participação de uma agente local, moradora, e uma das lideranças da comunidade que participou não só da mediação, mas de todo processo de campo e de elaboração das análises. Após as entrevistas, a partir da análise temática, definimos duas unidades temáticas: 1. Práticas de cuidado em saúde presentes na comunidade; 2. Quintal, folhas, chás e garrafadas ou outras formas de falar em cuidado, que foram analisadas a partir das narrativas negras implicadas, que apontaram para as plantas e outras práticas que fazem uso de folhas e raízes como conhecimentos ancestrais que se reconfiguram no presente a partir de uma ética do cuidar.</p> Raul Santos Brito, Maria Aparecida Silva Santos , Saulo Luders Fernandes, Liliana Parra-Valencia Copyright (c) 2024 Raul Santos Brito, Maria Aparecida Silva Santos , Saulo Luders Fernandes, Liliana Parra-Valencia https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12467 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 Autorreconhecimento quilombola https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12485 <p>A educação escolar deve ser um espaço de pluralidade étnica e cultural, onde o educando possa se auto afirmar e dessa forma construir ou reconstruir seu caminho no âmbito de sua comunidade rumo à uma consciência coletiva. A pesquisa se desenvolveu no Programa de Doutorado em Geografia da UECE e teve como objetivo geral analisar o autorreconhecimento quilombola sob as perspectivas territorial e educacional Geográfica a partir de um estudo realizado na Comunidade Quilombola Serra dos Mulatos em Jardim-CE, uma comunidade quilombola com autorreconhecimento recente, e como objetivos específicos: discutir sobre os principais obstáculos para o autorreconhecimento quilombola, dissertar sobre o papel da Escola no contexto das comunidades negras e quilombolas, debater aspectos educacionais e territoriais geográficos relevantes para promoção do autorreconhecimento. Para desenvolvimento da pesquisa sob abordagem do método dialético e o fenomenológico adotamos como técnica de coleta de dados o estudo de campo classificado como exploratório descritivo, dividido em duas fases, a primeira com aplicação de entrevistas aos professores da escola quilombola e à primeira professora da comunidade, e a segunda com levantamento de dados documentais junto a unidade escolar e à Associação de Remanescentes, após da aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa. Com a análise dos dados podemos compreender que múltiplos fatores obstaram ao autorreconhecimento da comunidade quilombola, dentre eles a dificuldade histórica para escolarização dos remanescentes, a ausência de formação específica dos professores na área étnico-racial, a ausência de professores quilombolas e a inexistência da autocrítica quanto a fragilidade do próprio sistema educacional.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> Alcides Furtado Brito, Otávio José Lemos Costa, Tiago Cartaxo de Lucena Copyright (c) 2024 Alcides, Otávio, Tiago https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12485 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 “Hoje em dia, tudo mudou porque não há mais florestas”: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12489 <p><em>Este estudo colaborativo entre uma pesquisadora Kaiowá e pesquisadoras não indígenas tem como objetivo examinar as dimensões das memórias dos Kaiowá em relação à biodiversidade como estratégia de etnoconservação e gestão territorial face ao avanço das fronteiras do capital. Utilizando métodos participativos, esta pesquisa foi construída por meio do diálogo com três xamãs da Reserva Indígena Limão Verde nas proximidades do município de Amambai, Mato Grosso do Sul, tendo como foco a memória sobre o território e sua biodiversidade. Os resultados do estudo destacam as narrativas como fonte de memória que possibilita a reflexão e aponta caminhos por meio das ações construídas pelo próprio povo em processos de recomposição dos componentes da biodiversidade como parte da luta por terra e território. Em um diálogo interdisciplinar entre a Etnobiologia, a Biologia da Conservação e a Geografia, esta investigação é um testemunho da resistência permanente do povo na defesa e na restauração da vida em sua diversidade, assim como é um testemunho da inseparabilidade entre a conservação/recuperação ambiental e os aspectos socio-político-cosmológicos nas lutas por terra e território.</em></p> Sônia Pavão, Gislaine Monfort, Laura Gisloti Copyright (c) 2025 Sônia Pavão, Gislaine Monfort, Laura Gisloti https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12489 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Políticas públicas de segurança alimentar e Quilombolas: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12569 <p><em>As Comunidades de Remanescentes de Quilombos (QRQs) se localizam, em sua maioria, em áreas rurais, e São expostos a invasão de terras por posseiros e a insegurança alimentar e nutricional. Mas, a partir de 2002, o Estado colocou em prática políticas públicas que auxiliaram no enfrentamento da pobreza, com o intuito de elevar a renda e as condições de bem-estar da população vulnerável, a fim de assegurar a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Portanto, o objetivo deste artigo é analisar como as políticas públicas de segurança alimentar contribuem para a manutenção do território Quilombola. Para atingir o objetivo proposto optou-se por uma pesquisa de natureza qualitativa-descritiva de lógica abdutiva, utilizando-se como estratégia a análise comparativa entre estudos de caso e entrevistas semiestruturadas. Os municípios selecionados foram Montes Claros, no estado de Minas Gerais, e Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul. Ambos possuem CRQs que fornecem alimentos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de se localizarem em regiões com forte presença dessas comunidades. Verificou-se que quando a CRQ possui governança territorial e leva em consideração algumas questões de Economia Política, as políticas SAN ajudam em sua consolidação. E, que o papel da extensão rural e participação da comunidade foram fatores determinantes.</em></p> Eliane Alves da Silva, Eugenio Avila Pedrozo, Tania Nunes da Silva Copyright (c) 2024 Eliane Alves da Silva, Eugenio Avila Pedrozo, Tania Nunes da Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12569 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 A lógica de desenvolvimento, impacto ambiental e a atual situação alimentar dos indígenas Akwẽ-Xerente https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12699 <p><em>Este artigo tem como objetivo apresentar dados sobre a atual situação alimentar do povo indígena Akwẽ-Xerente, resultado da lógica de desenvolvimento e impacto ambiental em que estão inseridos. Os dados compõem uma pesquisa de campo em andamento com aproximações etnográficas realizada entre o povo indígena Akwẽ-Xerente, do Tocantins-Brasil. A pesquisa tem apresentado questões importantes para debate e reflexão sobre as mudanças climáticas experimentadas nos últimos anos no Brasil e sobre o que podemos aprender das experiências dos povos indígenas, uma vez que eles estão sentindo os efeitos desses impactos ambientais a anos. Por fim, consideramos os estudos de Kopenawa e Albert (2015), Lopes (2023), Brum (2021) e </em><em>Alcantara e Sampaio (2017),</em><em> que mostram dados sobre a experiência com a terra dos indígenas com sugestões de estratégias de mudança de pensamento necessário para o século.</em></p> Cássia Araújo Moraes Braga, Reijane Pinheiro da Silva, Reilane Carvalho Machado dos Santos Copyright (c) 2024 Cássia Araújo Moraes Braga, Reijane Pinheiro da Silva, Reilane Carvalho Machado dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12699 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 As interações entre Unidade Sustentável e a comunidade quilombola do Cumbe https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12723 <p><span style="font-weight: 400;">O seguinte artigo busca apresentar a relação entre uma categoria de unidade de conservação e sua comunidade tradicional situada, o Quilombo do Cumbe em Aracati e os usos possíveis para o geoturismo, apresenta-se a principal problemática como o povo lida com os conflitos socioambientais e quais potenciais caminhos de combate ao racismo ambiental. Constatou-se que mesmo com a regulamentação da APA de Canoa Quebrada tem sido complexo e delicado a questão de uso do ar, solo e água na gestão territorial e ambiental da região tão visada por empreendimentos neoliberais além da ineficiência do estado como agente mediador de interesses. O objetivo principal é apresentar os impactos dos empreendimentos na localidade, que se justifica a investigação perante a dimensão simbólica da comunidade para o pesquisador e para outras comunidades tradicionais. Por fim, concluiu-se que o Quilombo do Cumbe enquanto ambiente interpretativo para o geoturismo segue com os desafios de garantir os direitos básicos para sua população como também apresenta abertura para economias circulares e diálogo com a cultura e patrimônio.</span></p> Amadeu Batista Neto Copyright (c) 2025 Amadeu Batista Neto https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12723 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Corpos-territórios das mulheres Guarani e Kaiowá: violência e colonialidade https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12784 <p><em>A violência é um fenômeno multifacetado, que pode ser entendida a partir de seu caráter de uso e abuso de força física e excesso de poder, bem como lida conjunturalmente como se vinculando a colonialidade. O presente trabalho busca apresentar um quadro da violência sofrida por mulheres indígenas Guarani e Kaiowá no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul. Para isso, foi utilizado da pesquisa documental junto à jornais e documentos produzidos pela Kuñangue Aty Guasu, grande assembleia das mulheres do povo Guarani Kaiowá. Propõe-se discutir os dados a partir dos conceitos de colonialidade e corpo-território. Entre os principais resultados, observa-se que os munícipios que mais apresentam casos de homicídios de mulheres indígenas são Dourados e Amambai, bem como a importante presença de casos em aldeias. Os homicídios atingem mulheres de todas as idades e se grafam em seus corpos através de ferimentos brutais. Verifica-se ainda casos de intolerância religiosa contra rezadoras tradicionais, marcados por perseguições e torturas. Os dados expõem que a violência contra os corpos-territórios das mulheres Guarani e Kaiowá se pautam em uma territorialidade de violação e dominação estabelecida pela colonialidade. </em></p> Roberto Chaparro Lopes Copyright (c) 2024 Roberto Chaparro Lopes https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12784 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 As trajetórias afro-diaspóricas na reterritorialização afro-brasileira e suas memórias de resistência negra no século XX https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12785 <p>Na trajetória afro-diaspórica afro-brasileira a assunção identitária e a apropriação do espaço configuram diferentes territorializações. Este artigo tem por objetivo identificar nos contextos socioambientais a reterritorialização a partir da ancestralidade afro-brasileira no povoado Mata Fome, Bacabal (MA). Associa-se o nome do povoado ao nome de uma fruta local e à sua geografia, composta pelo Rio Bambu, o lago do Mata Fome e igarapé, relacionando sua identidade com a <em>terra para se viver, trabalhar e comer</em>. Na metodologia usamos a pesquisa etnográfica através de incursões ao povoado, registros em diários de campos e a realização de entrevistas, além da revisão bibliográfica sobre a temática; este conjunto de procedimentos possibilitou a recomposição de memórias dos sujeitos pesquisados por entre fios e rastros. Foi verificado que as relações entre afro-brasileiros com sujeitos externos dessa identidade fragmentaram o acesso e a permanência no território, modificaram as relações comunitárias e familiares, além da insistência do apagamento da identidade afro-brasileira. Consideramos que o autorreconhecimento coletivo e individual é intrínseco à apropriação e permanência no território, derivando na reparação histórica e a equiparação social.</p> Jucilane de Souca Carlos, Luís Fernando da Silva Laroque Copyright (c) 2025 Profª Ma. Jucilane de S. Carlos, Profº Dr. Luís Fernando da S. Laroque https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12785 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Gestão territorial e a sustentabilidade de um quilombo: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12787 <p>Este artigo tem o objetivo de perceber como o Quilombo Pau d’Arco e Parateca faz a gestão territorial levando em consideração a sustentabilidade sem perder de vista as mudanças necessárias, as lutas, as estratégias de enfrentamentos e resistências. O quilombo em estudo faz parte do município de Malhada, localizado na região sudoeste do estado da Bahia e integra o Território da Cidadania Velho Chico. Este trabalho também busca visibilizar uma comunidade quilombola e seus sujeitos sociais, pois entendemos que o território é um guardião de conhecimentos e de relações ancestrais importantes para a sobrevivência humana. Para isso, realizamos rodas de conversa com homens e mulheres que não somente são moradores/as da comunidade em questão, mas são também guardiões em relação aos saberes repassados. Concluiu-se assim, que o legado de resistência e organização apresentado pelo Quilombo Pau d’Arco e Parateca é uma inspiração para as gerações futuras, mostrando a importância de valorizar e proteger as terras e tradições ancestrais. Deste modo, a luta pelo território e pelo direito à pesca é um reflexo da determinação e do compromisso desta comunidade em defender o que é dela por direito.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Quilombo; Processos de territorialização; Gestão territorial; Resistência; Ressignificações.</p> Amilton Pereira dos Santos, Michelle Oliveira de Matos, Carlidia Pereira de Almeida, Valéria Pôrto dos Santos Copyright (c) 2025 MICHELLE, AMILTON, CARLÍDIA, VALÉRIA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12787 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Regulação Fundiária na Implantação de Parques Eólicos em Comunidades Tradicionais do Semiárido Baiano https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12786 <p>O artigo reflete sobre o recente processo de implantação de parques eólicos em territórios tradicionalmente ocupados por comunidades de fundos de pasto no semiárido baiano com o objetivo de subsidiar a atuação de governos e movimentos sociais no processo de regulação fundiária. Como premissa, o trabalho considera que apesar do suposto consenso que envolve a produção de energias renováveis no atual contexto de crise climática, o que se observa é a abertura de espaços para a acumulação capitalista com efeitos sobre modos de uso da terra e sobre a regulação fundiária. Estruturam essa reflexão os conceitos de acumulação por espoliação e chantagem locacional de investimentos, com ênfase na discussão sobre a perda de controle sobre a terra e o território, a partir de movimentos realizados pelas corporações no contexto da crise climática, particularmente, na direção de países da periferia do capitalismo. A pesquisa se fundamentou em documentos oficiais e dados secundários para produzir uma reflexão crítica sobre a regulação fundiária, particularmente, a partir do reconhecimento da necessidade de atenção à dinâmica política e aprendizados que podem advir dos ideais de solidariedade e da propriedade comunal da terra das comunidades tradicionais, no sentido da produção de novos modos de relação com a natureza.</p> Renata Alvarez Rossi, Paulo Ricardo da Costa Reis Copyright (c) 2025 Renata Alvarez Rossi, Paulo Ricardo da Costa Reis https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12786 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Planalto Santareno: Autodemarcação do território indígenas dos Munduruku https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12790 <p class="paragraph" style="text-align: justify; tab-stops: 389.85pt; vertical-align: baseline; margin: 0cm 49.5pt 0cm 2.0cm;"><span class="normaltextrun"><span style="font-size: 10.0pt;">A região do Planalto Santareno é dominada pelo agronegócio e consequentemente influencia no desmatamento, impactando diretamente na vida dos indígenas. Diante disso, o presente trabalho busca analisar as lutas pela r-existências dos indígenas Munduruku, localizado no município de Santarém-Pará. O território indígena é composto por quatro aldeias em processo de demarcação, a qual foi reivindicada em 2008 e atendida em 2018. As constantes ameaças e o desmatamento predatório, resultaram na autodemarcação do seu território, que para geografia esse processo é uma alternativa de luta e resistência desses povos. Além disso, a visão de território para os indígenas é além de uma extensão de terra, ou seja, ela envolve ancestralidade, histórias e geosimbologias. Neste sentido, o ato de autodemarcação para esses povos é baseado nos seus conhecimentos tradicionais, como por exemplo, locais de caça e árvores. Portanto, a autodemarcação é a esperança dos Munduruku em proteger sua identidade, seus recursos naturais e principalmente, seu território</span></span><span class="normaltextrun"><span style="font-size: 10.0pt;">.</span></span><span class="eop"><span style="font-size: 10.0pt;">&nbsp;</span></span></p> Dayanny Barros da Silva, Randerson Sousa monteiro junior Copyright (c) 2025 dayanny barros da silva, Randerson Sousa monteiro junior https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12790 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Seu Justo, um lavrador do "tempo maior da grilagem" à luta quilombola https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12792 <p>O artigo parte das experiências políticas do lavrador quilombola Seu Justo Evangelista Conceição para focar a complexidade da constituição da luta quilombola, que eclodiu no Brasil após a década de 1990, e que se constitui como importante estratégia de combate ao racismo, à concentração fundiária e de enfrentamento ao avanço de políticas predatórias no campo brasileiro. Enfrentamento político construído nos múltiplas e históricas ações dos grupos negros em diversos recantos do país, principalmente, nas áreas rurais. É dos atos de resistência cotidiana e também de processos organizativos, que a experiência de Seu Justo ressoa, imprimindo reflexões. Na comunidade negra de Tingidor, Seu Justo começa a participar das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), da Ação Cristã no Meio Rural (ACR) e da criação da Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (ACONERUQ). As conversas realizadas entre 2017 e 2020, juntamente com material bibliográfico, fornecem suporte para as considerações traçadas neste texto que pretende discutir a partir do pensamento de Seu Justo as mazelas postas aos povoados negros na região de Itapecuru Mirim (MA) frente as tentativas de expulsão relacionadas ao avanço de fazendas e de projetos desenvolvimentistas sobre territórios negros e os fortes processos de resistência traçados nos anos de luta pela terra e por dignidade para as comunidades negras.</p> Cindia Brustolin, Horácio Antunes Sant'ana Júnior Copyright (c) 2024 CINDIA Brustolin, Horácio Antunes Sant'ana Júnior https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12792 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 O “Comum e a Não Propriedade”: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12794 <p><em>O presente artigo apresenta a concepção de território e da defesa dos comuns à luz da ontologia política e da luta autonômica do Movimento Zapatista, no México. O argumento central consiste em que as matrizes ontológicas e epistêmicas da autonomia Zapatista constituem um elemento fundamental no enfrentamento do ontocídio, histórico método do capital para expandir-se territorialmente. Outrossim, há aprendizagens importantes da autonomia Zapatista que podem inspirar e dialogar com outros processos de defesa territorial correntes no Sul Global. Para tanto, apresento a proposta política do «território em comum» como ponto de inflexão na análise que o Zapatismo realiza das reconfigurações do capitalismo, trazendo à lume novas estratégias de enfrentamento do capitalismo por espoliação no século XXI.&nbsp; </em></p> Lia Pinheiro Barbosa Copyright (c) 2024 Lia Pinheiro Barbosa https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12794 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 Desterrados em nossa própria terra https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12793 <p>No contexto do enfrentamento do colonialismo e da colonialidade, o Povo Payayá r-existiu ao desterramento sistemático, à violência, aos estupros e à declaração de nossa extinção. Yapira, como lugar do “aqui” Payayá, emerge como Território Indígena em nosso movimento de retomada no final do século XX, de maneira ontológica e metafísica: possibilidade de ser (identidade) e responsabilidade (alteridade). O artigo discute o processo de desterramento como estratégia de dominação colonial, apontando para a importância do lugar para os processos de retomada dos povos indígenas.</p> Jamille da Silva Lima-Payayá Copyright (c) 2024 Jamille da Silva Lima-Payayá https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12793 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 Conflitos e danos socioambientais na produção de energia eólica na comunidade do cumbe, Aracatí, Ceará, Brasil https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12797 <p>A produção de energia eólica em larga escala se baseia essencialmente em uma lógica de apropriação exclusiva de recursos da natureza localizados sobre o território. São grandes unidades produtivas, de extração e transformação, planejada a partir fora, exógena, ao lugar onde se implementam, cuja forma de instalação e operação, produz, contraditoriamente, estruturas heterogêneas e desigualdades. Nesse contexto, o presente artigo tem por objetivo analisar o processo histórico e os rebatimentos concretos da territorialização de um complexo eólico na Comunidade do Cumbe, localizada no município de Aracati/CE. Como método de interpretação, buscou-se compreender as práticas territoriais do projeto como um dos mecanismos de acumulação por espoliação e como regime de desapropriação. O procedimento metodológico se baseou em trabalhos de campo e entrevistas, e dados secundários mediante levantamento bibliográfico, análise documental e geocartográfica. Constatou-se que o caráter apropriativo do complexo de energia desarticulou e fragmentou territórios, conduzindo paradoxalmente à depleção, os sistemas ambientais dos quais a comunidade tradicional usufrui por meio de relações indissociáveis, além de estabelecer conflitos territoriais e desmobilização coletiva.</p> José Auricélio Gois Lima Copyright (c) 2024 José Auricélio Gois Lima https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12797 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 Toda mulher negra é um quilombo: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12795 <p>Este artigo tem como objetivo analisar os processos de resistência elaborados a partir da ancestralidade, das lutas, e do cotidiano de mulheres negras da comunidade quilombola da Serra do Evaristo no estado do Ceará, Brasil. No aspecto metodológico, trata-se de um estudo qualitativo, mais especificamente um estudo de caso realizado por meio de um Pesquisa Ação Participante realizada na comunidade em questão. Foram utilizadas as lentes da Análise Crítica do Discurso como&nbsp; categoria analítica e o Feminismo Negro para a fundamentação teórica deste estudo. Os resultados apontam que a relação com o território e com a natureza são parte importante na elaboração de estratégias de resistência a diferentes tipos de opressão vivenciados por mulheres quilombolas. Além disso, demonstram que a oralidade é a base sólida necessária para a transmissão do cuidado e das práticas tradicionais de uma geração a outra.&nbsp;</p> Juliana Murta de Lima, Raimundo Nonato de Lima, James Ferreira Moura Júnior, Camila Ricarte Dantas Carvalho Copyright (c) 2025 Juliana Murta de Lima, Raimundo Nonato de Lima, James Ferreira Moura Júnior, Camila Ricarte Dantas Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12795 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Mapeando deslocamento dos povos indígenas romeiros em Juazeiro do Norte, Ceará https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12800 <p><em>Neste trabalho temos como objetivo apresentar os resultados advindos de um projeto de extensão, apoiado pela Universidade Regional do Cariri, a respeito dos deslocamentos e circuitos ritualísticos dos povos indígenas nas romarias de Juazeiro do Norte-CE. O foco do projeto foi mapear as diferentes etnias indígenas do Nordeste que se deslocam para as romarias na referida cidade. A formação socioespacial desse município tem suas bases ligadas à religiosidade alicerçada no catolicismo popular que provocou um contínuo e significativo adensamento populacional a partir do fenômeno das romarias. As romarias se iniciaram no final do século XIX, ampliando o fluxo de pessoas para a cidade. Os indígenas romeiros, sempre participaram desses movimentos, protagonizando deslocamentos e circuitos ritualísticos, no entanto, a presença destes raramente foi alvo de pesquisas. Nesse sentido, à luz de referencial teórico e informações geográficas obtidas em trabalho de campo, produção cartográfica sobre o deslocamento dos povos indígenas para romarias de Juazeiro do Norte, possibilitando uma análise socioespacial das presenças destes povos. As informações levantadas por meio desse contato, foram unidas à pesquisa bibliográfica realizada, proporcionando o mapeamento e as discussões que apresentamos neste texto.</em></p> Cassio Expedito Galdino Pereira, Maria Raynara de Brito Macedo, Fabiana Gonçalves de Souza, Francisco Joedson da Silva Nascimento, Emerson Ribeiro Copyright (c) 2024 Cassio Expedito Galdino Pereira, Maria, Fabiana, Francisco, Emerson https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12800 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 Ao olho de vidro: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12798 <p><em>Este relato de experiência vem partilhar nosso sentir, pensar e vivenciar, fruto da realização da demanda de chegar a Gruta de Sultão das Matas, entidade espiritual cultuada pelo povo de Conceição no Olho de Vidro ou pelo povo do Olho de Vidro que passou a morar em Conceição, além de desmistificar a narrativa de que não existem caminhos para o Olho de Vidro e de igual modo, a construção de local distante e inacessível, bem como sistematizar algumas orientações do trabalho em campo a partir da experiência do decorrer deste percurso com caminhada de cerca de nove horas, realizado em região de mata (restinga e remanescente de mata atlântica), marcada por tipos diferentes tipos de vegetação e solos diversos composto de barro de tauá, tatioba, areia branca, pedras, e areia preta. O próprio percurso no geral nos mostrou o quanto</em> <em>o campo fazer o campo se torna indispensável para a investigação e pesquisa, além de tudo, sobre trabalho em campo, avaliamos que parte do que se propõe não se aplica à realidade da prática do campo e que existem determinadas limitações e desafios específicos e gerais que precisam ser expostos de forma a instrumentalizar e orientar sobre o trabalho em campo de forma mais efetiva.</em></p> Elionice Conceição Sacramento, Edielso Barbosa, Manuela Sampaio Copyright (c) 2025 Elionice Conceição Sacramento, Edielso Barbosa, Manuela Sampaio https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12798 Thu, 30 Jan 2025 00:00:00 -0300 Apresentação https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14946 Rosânia do Nascimento, Marcos Leandro Mondardo Copyright (c) 2025 Rosânia do Nascimento, Marcos Leandro Mondardo https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14946 Fri, 31 Jan 2025 00:00:00 -0300 Um Enflorar na Organização de Mulheres Indígenas: Protagonismo e Narrativas da liderança Xiu Shanenawa https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14474 <p>Trata-se uma entrevista com a Liderança Indígena Xíu, do Povo Shanenawa (Passáro Azul), do Estado do Acre.</p> Alessandra Severino da Silva Manchinery, Gemina Brandão Borges Copyright (c) 2024 Alessandra Severino da Silva Manchinery, Gemina Brandão Borges https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14474 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 “O mar e a terra são territórios”: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14532 <p>O Sr. Nildo Sacramento Bomfim, do Quilombo Pesqueiro Graciosa (BA), compartilha em sua entrevista os saberes e vivências transmitidos por gerações no território quilombola. Ele enfatiza a relação profunda entre a terra e o mar, destacando como as atividades de pesca e agricultura são interligadas ao cotidiano da comunidade. A oralidade, presente nas histórias contadas pelos mais velhos, é uma ferramenta crucial para preservar os conhecimentos tradicionais. Além disso, o Sr. Nildo reflete sobre os desafios enfrentados pelas lideranças quilombolas com pouca escolaridade, que, apesar de obstáculos, continuam a lutar por seus direitos. Ele destaca as lutas políticas que marcaram as últimas duas décadas e os principais conflitos atuais enfrentados pelo Quilombo Graciosa, como as violações de direitos e o impacto de projetos de exploração no território.</p> Andréa Souza Bomfim, Rosânia Oliveira do Nascimento Copyright (c) 2024 Andréa Souza Bomfim, Rosânia Oliveira do Nascimento https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14532 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300