Revista GeoUECE https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE <p>A <strong>Revista de Geografia - GeoUECE</strong> é uma iniciativa do <strong>Programa de Pós-Graduação em Geografia</strong> da <strong>Universidade da Universidade Estadual do Ceará</strong>. O seu principal objetivo é publicar artigos científicos, ensaios, debates, entrevistas, práticas pedagógicas, traduções técnicas, resenhas inéditas em português e línguas internacionais sobre temas que contribuam para o enriquecimento do debate geográfico. É dirigida a <strong>pesquisadores</strong>, <strong>profissionais e alunos da pós-graduação de Geografia e áreas afins</strong>. A sua organização nas seções propostas permite a publicação de materiais sob diferentes formatos e naturezas. </p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: A4 Geografia.<br />Prefixo DOI: 10.59040<br />e-ISSN: 2315-028X</span></p> EdUECE pt-BR Revista GeoUECE 2317-028X Agronegócio e economia urbana na Região Metropolitana de Fortaleza (CE) https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/11892 <p>Este artigo expõe resultados parciais de pesquisa em desenvolvimento que versa sobre o agronegócio na Região Metropolitana de Fortaleza, estado do Ceará. Temos aqui como objetivo principal analisar o papel desempenhado por Fortaleza e respectiva região metropolitana no oferecimento de produtos e serviços especializados para a realização do agronegócio cearense, assim como o papel de Fortaleza para a gestão do mesmo. Para orientar a pesquisa e a redação do artigo, baseamo-nos na tese que entende a cidade como lugar de reprodução de parte das condições materiais de reprodução do capital do agronegócio. Como elemento de argumentação para trabalhar tal tese, selecionamos o consumo produtivo da agropecuária, considerando que o mesmo é aquele inerente à reprodução dos meios de produção (bens e serviços), no caso, para a agropecuária. Concluímos que comércios e serviços voltados às demandas do agronegócio não só participam da economia urbana de alguns dos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza, como compõem o circuito superior de tais economias, especialmente nesta metrópole. Da mesma forma, que Fortaleza é o centro de comando e gestão do agronegócio no estado do Ceará.</p> Denise Elias Felipe Rodrigues Leitão Copyright (c) 2023 Denise Elias, Felipe Rodrigues Leitão https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023001 e2023001 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023001 A instalação de projetos de energia eólica no Brasil: uma análise a partir do papel do Estado https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/11592 <p><span style="font-weight: 400;">A transição energética é posta como um imperativo diante da emergência das mudanças do clima em escala global. Ao mesmo tempo, os agentes capitalistas buscam diversificar suas carteiras de investimento em um contexto marcado por crise no sistema. A energia eólica torna-se uma oportunidade para negócios, sobretudo pelo fato do Estado agir em consonância com os interesses de tais agentes. O objetivo deste artigo é realizar uma análise do papel do Estado brasileiro na territorialização de empresas de energia eólica com o foco em três ações: promulgação de políticas públicas de incentivo, especialmente relacionadas a financiamentos; identificação de áreas potenciais para a territorialização destas empresas e; criação de um ambiente jurídico (ambiental e fundiário) que dê segurança a estes empreendimentos. Para atingir este objetivo foram utilizados procedimentos metodológicos quantitativos e qualitativos. Com a pesquisa é possível concluir que o Estado foi central para propiciar um ambiente atrativo para as empresas de geração de energia eólica, contudo, a função do Estado é invertida em relação ao que deveria ser, considerando que partir de uma necessidade coletiva garante os interesses particulares dos agentes capitalistas.</span></p> Lorena Izá Pereira Copyright (c) 2023 Lorena Izá Pereira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023002 e2023002 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023002 Análise da Gestão Hídrica no Âmbito dos Municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró, RN, Brasil https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/10504 <p>O presente estudo teve como objetivo analisar, sob a perspectiva dos gestores municipais, a gestão e oferta de água nos municípios que integram a Bacia Hidrográfica do Rio Apodi-Mossoró (BHRAM), localizada no estado do Rio Grande do Norte. Os procedimentos metodológicos empregados na pesquisa consistiram em revisão bibliográfica e aplicação de formulário de pesquisa com 27 gestores municipais. Apesar da competência em relação a gestão dos recursos hídricos não ser municipal, a pesquisa comprovou que os gestores municipais atuam de diferentes formas no sentido de buscar promover a segurança hídrica. Ficou evidente que o longo período de seca que ocorreu entre 2010 e 2020 na região causou grandes impactos sociais e econômicos, especialmente, em função da BHRAM apresentar uma estrutura de oferta e gestão de água insuficiente. O Projeto de Integração do Rio São Francisco é visto com otimismo pela maioria dos gestores como meio de garantir a segurança hídrica da região.</p> Dayane Suellen Cabral de Medeiros Rodrigo Guimarães de Carvalho Abner Monteiro Nunes Cordeiro Saulo Medrado dos Santos Copyright (c) 2023 Dayane Suellen Cabral de Medeiros, Rodrigo Guimarães de Carvalho, Abner Monteiro Nunes Cordeiro, Saulo Medrado dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023003 e2023003 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023003 Caracterização socioeconômica dos produtores de acerola orgânica do Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos do Piauí https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/11652 <p>O artigo objetiva analisar o perfil socioeconômico dos produtores e a caracterização dos lotes de acerola orgânica do Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos do Piauí. A pesquisa é classificada como não probabilística, tendo como amostra, 40 produtores de acerola orgânica. Utilizou-se a estatística descritiva básica, com dados apresentados por meio de tabelas e gráficos. Os resultados demonstraram que os produtores são majoritariamente homens, com faixa etária entre 31 a 40 anos, e com nível de escolaridade entre o ensino fundamental incompleto, médio completo e superior completo. A maioria dos produtores possui 20 anos de experiência na agricultura irrigada e orgânica, possuindo lotes entre 0 a 5 hectares, e que adotam a microaspersão como sistema de irrigação e, quanto ao uso da água, a maioria avaliou como de qualidade razoável. Conhecer o perfil socioeconômico dos produtores e a caracterização da unidade produtiva, a fim de identificar os aspectos que influenciam na produção, é de suma importância, pois produtores com maior acesso às informações podem vir a incrementar novas tecnologias na produção, influenciando na melhoria da gestão dos lotes. Como a acerola é cultivada em pequenas áreas, os produtores conseguem alocar, de maneira mais eficiente, os recursos produtivos disponíveis nos lotes.</p> Manoel de Jesus Nunes da Costa Junior Jaíra Maria Alcobaça Gomes José Natanael Fontenele de Carvalho Copyright (c) 2023 Manoel de Jesus Nunes da Costa Junior, Jaíra Maria Alcobaça Gomes, José Natanael Fontenele de Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023004 e2023004 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023004 O Conceito de Região nas Regionalizações do Estado do Piauí: uma abordagem cronológica de 1940-2007 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/11189 <p>O conceito de região na Geografia sempre esteve caracterizado pela diferenciação de áreas, estabelecendo-se como uma criação intelectual, partindo da atuação do geógrafo. Mesmo possuindo uma abordagem polissêmica, é na Geografia onde a região ganha maior ênfase, sendo um dos seus conceitos-chave, embora mediante a várias crises conceituais, a região foi bastante utilizada como ferramenta de planejamento dos estados com a finalidade de constituir recortes espaciais, de organizar e definir ações no espaço geográfico. No território brasileiro a aplicação das regionalizações partem da atuação do IBGE, que contribuiu na organização do território e no desenvolvimento econômico, como também no Estado do Piauí, onde as regionalizações possibilitaram através do planejamento regional uma melhor condução das potencialidades locais. Nesse contexto, o respectivo trabalho objetivou analisar o conceito de região nas regionalizações oficiais do IBGE e do Governo do Piauí no período de 1940 a 2007. Quanto a metodologia, o trabalho configurou-se como de caráter descritivo e analítico, com abordagem qualitativa, utilizando-se de pesquisa bibliográfica e documental. A partir dos resultados obtidos, tornou-se evidente que o processo de regionalização no Piauí comprovou a sua importância, mediante o desenvolvimento socioeconômico apresentado nas últimas décadas, onde tornou-se possível uma melhor destinação de recursos e investimentos essenciais na condução das potencialidades das regiões<span style="text-decoration: line-through;">,</span> e dos recursos naturais. Pode-se concluir que, o processo de regionalização Piauiense, seguiu a lógica do desenvolvimento nacional, ressaltando a busca da compreensão pelos órgãos competentes, sobre as novas formas de articulação presentes no espaço, contribuindo para o desenvolvimento local.</p> Leonardo José da Silva Costa Jorge Martins Filho Copyright (c) 2023 Leonardo José da Silva Costa, Jorge Martins Filho https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023005 e2023005 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023005 Variabilidade espaço-temporal da precipitação na bacia hidrográfica do rio Moxotó https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/10552 <p><em>O semiárido do Nordeste do Brasil possui intensa variabilidade pluviométrica com ocorrência de eventos extremos de precipitação.</em> <em>O impacto socioambiental da seca, nem sempre está relacionado à falta de chuvas em um determinado ano, mas está relacionado também a distribuição e frequência das chuvas. Dessa forma, foi analisado a variabilidade espaço temporal da precipitação da bacia hidrográfica do rio Moxotó empregando o Índice de Anomalia de Chuva (IAC) desenvolvido por Rooy (1965) com o objetivo de verificar ocorrências de mudanças nos padrões climáticos de precipitação e realizar o mapeamento do IAC para a média histórica analisada. Assim, utilizou-se valores médios mensais da precipitação pluviométrica da série histórica de 1989 a 2018, medidos de 16 estações pluviométricas, obtidos da Agência Pernambucana de Águas e Clima. Os resultados revelam uma estabilidade na precipitação da região, sem tendências significativas de aumento ou diminuição. Há correlação dos eventos extremos de secas e precipitação com os fenômenos de El Niño, La Niña e Dipolo do Atlântico. Analisando a série histórica por meio do IAC a bacia hidrográfica do rio Moxotó foi classificada como habitual. Os anos de 1989, 2004, e 2009 foram classificados como anos extremamente úmidos. Já 1993, 1998 e 2012 foram anos extremamente secos. Enquanto 2002, 2007 e 2017 foram anos habituais. A quadra chuvosa também é caracterizada como habitual.</em></p> Gabriel Victor Silva do Nascimento Eberson Pessoa Ribeiro Copyright (c) 2023 Gabriel Victor Silva do Nascimento, Eberson Pessoa Ribeiro https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023006 e2023006 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023006 Formas de dinamismo dos circuitos curtos de produção: uma análise sobre a circularidade de produtos in natura provenientes da agricultura urbana em Campos dos Goytacazes- RJ https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/11037 <p><em>Esse estudo parte da reflexão acerca da procedência geográfica dos alimentos in natura, suas etapas produtivas e escalas de distribuição. Cada vez mais pessoas se preocupam com a origem dos alimentos, a qualidade, a segurança de como foram cultivados e a proximidade da produção. Tem-se como objetivo principal identificar e analisar o dinamismo dos circuitos espaciais produtivos, o ordenamento dos fluxos e a articulação entre as diversas etapas de produção, circulação, e consumo de produtos in natura em Campos dos Goytacazes – RJ, em 2021. Foram adotados como procedimentos metodológicos: revisão bibliográfica e documental; aplicação de questionários com agricultores, supermercado e consumidores; análise e sistematização de dados secundários da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca do site da Prefeitura. As atividades de comercialização abordadas neste estudo se caracterizam como circuito espacial produtivo curto dado que os produtos da agricultura urbana são predominantemente comercializados diretamente com consumidores. Embora tenham iniciativas sutis a fim amenizar os problemas relacionados a comercialização de produtos de pequenos agricultores e promover acesso a alimentos de qualidade aos consumidores, foi constatado a ausência de políticas efetivas que fomentem a agricultura urbana, uma das principais alternativas que beneficiam aos arranjos e sistemas produtivos locais e geram mercados alternativos.</em></p> Larissa Nunes Martins Erika Vanessa Moreira Santos Copyright (c) 2023 Larissa Nunes Martins, Erika Vanessa Moreira Santos https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023007 e2023007 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023007 Festa de São Benedito em Machado/MG e seus desafios para na reatualização festiva nos anos de 2020 e 2021 https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/10317 <p><em>A Festa de São Benedito em Machado, Minas Gerais no período pandêmico teve que se adequar as novas condições mundiais para a sua estruturação. A festa que tradicionalmente ocorre nas ruas da cidade e tem sua centralidade no terreiro de São Benedito teve que ser repensada. Essa ruptura temporal para além do extraordinário, dando concepção a festa, nos anos de 2020 e 2021, foi amparada sobre duas bases inéditas nas festividades sendo elas o ciberespaço e os itinerários simbólicos. O espaço sagrado móvel se tornou protagonista, levando o sagrado até as pessoas. A retomada da festividade em seus modos tradicionais começa a ser desenhada no ano de 2022. Para a consolidação da pesquisa tanto o trabalho de campo presencial e o virtual foram necessárias, foram realizadas entrevistas e observações trabalhando uma geografia das existências, trazendo as pessoas para o centro da análise. O principal objetivo da pesquisa é entender como a festividade se comportou e se adaptou ao tempo de pandemia, trazendo novas versões aos rituais presentes no espaço e tempo festivo.</em></p> Jhonatan da Silva Corrêa Copyright (c) 2023 Jhonatan da Silva Corrêa https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023008 e2023008 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023008 Editorial https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12291 <p>O corpo editorial da revista GeoUECE (que conta com uma nova coordenação), tem a imensa alegria de fechar o ano de 2023 com um novo número, trazendo publicações que refletem o cenário espaço-temporal que vivemos no país e algumas de suas principais questões geográficas. A multiplicidade virtuosa de nossa disciplina se expressa tanto nas pesquisas que se debruçaram sobre aspectos humanos da espacialidade, explorando particularidades sociais, econômicas e políticas, quanto naquelas que nos apresentam as problemáticas ambientais, por meio de uma leitura genuinamente geográfica.</p> <p>Em nossa imagem de capa, de autoria de um dos nossos editores, Prof. Dr. Wallason Farias de Souza, escolhemos a vista superior do açude Riachão, que faz parte do sistema de abastecimento de água de Fortaleza e parte da Região Metropolitana. Na imagem, registrada em um sobrevoo de drone, a partir do município de Itaitinga-CE (Região Metropolitana de Fortaleza), vislumbramos uma síntese em conflito, constituída de águas, matas e ocupações urbanas. Parte dessa área constitui atualmente uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, o Parque Estadual das Águas, que, apesar de um esforço de preservação e cuidado, também se faz ameaçada. Parafraseando o que nos escreve o pensador Indígena Ailton Krenak, em seu “Futuro Ancestral”, nossas ocupações humanas ofendem e aniquilam os corpos hídricos, obrigando-os por vezes, a se retirarem. Para que estes entes permaneçam conosco por mais tempo, precisamos não só saber ler a linguagem das águas, mas encontrar novas formas de respeitá-las. Que tal pensamento seja refletido em nossos textos selecionados.</p> David Emanuel Madeira Davim Cláudio Smalley Soares Pereira Wallason Farias de Souza Denise Cristina Bomtempo Copyright (c) 2023 David Emanuel Madeira Davim, Cláudio Smalley Soares Pereira, Wallason Farias de Souza, Denise Cristina Bomtempo https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-12-28 2023-12-28 12 23 e2023000 e2023000 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v12.n23.e2023000