Revista GeoUECE
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<p>A <strong>Revista de Geografia - GeoUECE</strong> é uma iniciativa do <strong>Programa de Pós-Graduação em Geografia</strong> da <strong>Universidade da Universidade Estadual do Ceará</strong>. O seu principal objetivo é publicar artigos científicos, ensaios, debates, entrevistas, práticas pedagógicas, traduções técnicas, resenhas inéditas em português e línguas internacionais sobre temas que contribuam para o enriquecimento do debate geográfico. É dirigida a <strong>pesquisadores</strong>, <strong>profissionais e alunos da pós-graduação de Geografia e áreas afins</strong>. A sua organização nas seções propostas permite a publicação de materiais sob diferentes formatos e naturezas. </p> <p><span style="vertical-align: inherit;">Qualis Capes 2017-2020: A4 Geografia.<br />Prefixo DOI: 10.59040<br />e-ISSN: 2315-028X</span></p>EdUECEpt-BRRevista GeoUECE2317-028XPolíticas públicas de segurança alimentar e Quilombolas:
https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12569
<p><em>As Comunidades de Remanescentes de Quilombos (QRQs) se localizam, em sua maioria, em áreas rurais, e São expostos a invasão de terras por posseiros e a insegurança alimentar e nutricional. Mas, a partir de 2002, o Estado colocou em prática políticas públicas que auxiliaram no enfrentamento da pobreza, com o intuito de elevar a renda e as condições de bem-estar da população vulnerável, a fim de assegurar a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Portanto, o objetivo deste artigo é analisar como as políticas públicas de segurança alimentar contribuem para a manutenção do território Quilombola. Para atingir o objetivo proposto optou-se por uma pesquisa de natureza qualitativa-descritiva de lógica abdutiva, utilizando-se como estratégia a análise comparativa entre estudos de caso e entrevistas semiestruturadas. Os municípios selecionados foram Montes Claros, no estado de Minas Gerais, e Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul. Ambos possuem CRQs que fornecem alimentos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de se localizarem em regiões com forte presença dessas comunidades. Verificou-se que quando a CRQ possui governança territorial e leva em consideração algumas questões de Economia Política, as políticas SAN ajudam em sua consolidação. E, que o papel da extensão rural e participação da comunidade foram fatores determinantes.</em></p>Eliane Alves da SilvaEugenio Avila PedrozoTania Nunes da Silva
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12569O “Comum e a Não Propriedade”:
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<p><em>O presente artigo apresenta a concepção de território e da defesa dos comuns à luz da ontologia política e da luta autonômica do Movimento Zapatista, no México. O argumento central consiste em que as matrizes ontológicas e epistêmicas da autonomia Zapatista constituem um elemento fundamental no enfrentamento do ontocídio, histórico método do capital para expandir-se territorialmente. Outrossim, há aprendizagens importantes da autonomia Zapatista que podem inspirar e dialogar com outros processos de defesa territorial correntes no Sul Global. Para tanto, apresento a proposta política do «território em comum» como ponto de inflexão na análise que o Zapatismo realiza das reconfigurações do capitalismo, trazendo à lume novas estratégias de enfrentamento do capitalismo por espoliação no século XXI. </em></p>Lia Pinheiro Barbosa
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12794Práticas de cuidado em saúde numa comunidade quilombola do agreste alagoano
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<p>A temática da saúde da população quilombola ainda é um tema pouco debatido na academia, dessa forma buscamos responder a essa demanda, mais especificamente nos cuidados comunitários de saúde. Por isso, objetivamos analisar na presente pesquisa as narrativas sobre as práticas de cuidado presentes em uma comunidade quilombola no agreste de Alagoas, bem como identificar as práticas de cuidado em saúde presentes no território quilombola e compreender como as questões étnico-raciais se implicam na manutenção das práticas de cuidado em saúde produzidas na comunidade. Devido à situação de pandemia, que nos obrigou a adotar medidas de isolamento social, optamos por realizar entrevistas semiestruturadas com cuidadores/curadores e usuários das práticas de cuidado em saúde presentes no território quilombola. Para isso, contamos com a participação de uma agente local, moradora, e uma das lideranças da comunidade que participou não só da mediação, mas de todo processo de campo e de elaboração das análises. Após as entrevistas, a partir da análise temática, definimos duas unidades temáticas: 1. Práticas de cuidado em saúde presentes na comunidade; 2. Quintal, folhas, chás e garrafadas ou outras formas de falar em cuidado, que foram analisadas a partir das narrativas negras implicadas, que apontaram para as plantas e outras práticas que fazem uso de folhas e raízes como conhecimentos ancestrais que se reconfiguram no presente a partir de uma ética do cuidar.</p>Raul Santos BritoMaria Aparecida Silva Santos Saulo Luders FernandesLiliana Parra-Valencia
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12467Seu Justo, um lavrador do "tempo maior da grilagem" à luta quilombola
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<p>O artigo parte das experiências políticas do lavrador quilombola Seu Justo Evangelista Conceição para focar a complexidade da constituição da luta quilombola, que eclodiu no Brasil após a década de 1990, e que se constitui como importante estratégia de combate ao racismo, à concentração fundiária e de enfrentamento ao avanço de políticas predatórias no campo brasileiro. Enfrentamento político construído nos múltiplas e históricas ações dos grupos negros em diversos recantos do país, principalmente, nas áreas rurais. É dos atos de resistência cotidiana e também de processos organizativos, que a experiência de Seu Justo ressoa, imprimindo reflexões. Na comunidade negra de Tingidor, Seu Justo começa a participar das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), da Ação Cristã no Meio Rural (ACR) e da criação da Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (ACONERUQ). As conversas realizadas entre 2017 e 2020, juntamente com material bibliográfico, fornecem suporte para as considerações traçadas neste texto que pretende discutir a partir do pensamento de Seu Justo as mazelas postas aos povoados negros na região de Itapecuru Mirim (MA) frente as tentativas de expulsão relacionadas ao avanço de fazendas e de projetos desenvolvimentistas sobre territórios negros e os fortes processos de resistência traçados nos anos de luta pela terra e por dignidade para as comunidades negras.</p>CINDIA BrustolinHorácio Antunes Sant'ana Júnior
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12792Os desafios para a formação superior dos estudantes da comunidade quilombola Dona Juscelina (CQDJ) em Muricilândia-TO
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<p><em>Este trabalho vê a perspectiva educacional dos estudantes quilombolas, por meio dos desafios de cursar o ensino superior, que é exposta aqui por meio da migração pendular, como o ato de ir e vir para estudar. Esse deslocamento se dá entre dois municípios, Muricilândia-TO, a cidade de origem, e Araguaína-TO, cidade onde se localiza a instituição pública mais próxima, a Universidade Federal do Norte do Tocantins/UFNT. O objetivo desta pesquisa é mostrar essa realidade durante este deslocamento diário, na qual estão inseridos os acadêmicos da Comunidade Quilombola Dona Juscelina – CQDJ. Em específico, busca-se discutir sobre os desafios diários desses estudantes para cursar o ensino superior. A metodologia é a abordagem qualitativa e a abordagem quantitativa, por meio de um estudo de caso. Com efeito, a investigação possibilitou aprender mais sobre a realidade de formação desses estudantes. Em especial a sua importância, tendo em vista que para muitos estudantes quilombolas essa é a única forma de continuar os estudos após a conclusão da educação básica, e ter acesso ao ensino superior, sem ter que migrar da comunidade de origem para outras cidades</em><em>.</em></p>ANTONIA QUEIROZLUCAS ESPINDOLA DA SILVA
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.11853A lógica de desenvolvimento, impacto ambiental e a atual situação alimentar dos indígenas Akwẽ-Xerente
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<p><em>Este artigo tem como objetivo apresentar dados sobre a atual situação alimentar do povo indígena Akwẽ-Xerente, resultado da lógica de desenvolvimento e impacto ambiental em que estão inseridos. Os dados compõem uma pesquisa de campo em andamento com aproximações etnográficas realizada entre o povo indígena Akwẽ-Xerente, do Tocantins-Brasil. A pesquisa tem apresentado questões importantes para debate e reflexão sobre as mudanças climáticas experimentadas nos últimos anos no Brasil e sobre o que podemos aprender das experiências dos povos indígenas, uma vez que eles estão sentindo os efeitos desses impactos ambientais a anos. Por fim, consideramos os estudos de Kopenawa e Albert (2015), Lopes (2023), Brum (2021) e </em><em>Alcantara e Sampaio (2017),</em><em> que mostram dados sobre a experiência com a terra dos indígenas com sugestões de estratégias de mudança de pensamento necessário para o século.</em></p>Cássia Araújo Moraes BragaReijane Pinheiro da SilvaReilane Carvalho Machado dos Santos
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12699Conflitos e danos socioambientais na produção de energia eólica na comunidade do cumbe, Aracatí, Ceará, Brasil
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<p>A produção de energia eólica em larga escala se baseia essencialmente em uma lógica de apropriação exclusiva de recursos da natureza localizados sobre o território. São grandes unidades produtivas, de extração e transformação, planejada a partir fora, exógena, ao lugar onde se implementam, cuja forma de instalação e operação, produz, contraditoriamente, estruturas heterogêneas e desigualdades. Nesse contexto, o presente artigo tem por objetivo analisar o processo histórico e os rebatimentos concretos da territorialização de um complexo eólico na Comunidade do Cumbe, localizada no município de Aracati/CE. Como método de interpretação, buscou-se compreender as práticas territoriais do projeto como um dos mecanismos de acumulação por espoliação e como regime de desapropriação. O procedimento metodológico se baseou em trabalhos de campo e entrevistas, e dados secundários mediante levantamento bibliográfico, análise documental e geocartográfica. Constatou-se que o caráter apropriativo do complexo de energia desarticulou e fragmentou territórios, conduzindo paradoxalmente à depleção, os sistemas ambientais dos quais a comunidade tradicional usufrui por meio de relações indissociáveis, além de estabelecer conflitos territoriais e desmobilização coletiva.</p>José Auricélio Gois Lima
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12797Autorreconhecimento quilombola
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<p>A educação escolar deve ser um espaço de pluralidade étnica e cultural, onde o educando possa se auto afirmar e dessa forma construir ou reconstruir seu caminho no âmbito de sua comunidade rumo à uma consciência coletiva. A pesquisa se desenvolveu no Programa de Doutorado em Geografia da UECE e teve como objetivo geral analisar o autorreconhecimento quilombola sob as perspectivas territorial e educacional Geográfica a partir de um estudo realizado na Comunidade Quilombola Serra dos Mulatos em Jardim-CE, uma comunidade quilombola com autorreconhecimento recente, e como objetivos específicos: discutir sobre os principais obstáculos para o autorreconhecimento quilombola, dissertar sobre o papel da Escola no contexto das comunidades negras e quilombolas, debater aspectos educacionais e territoriais geográficos relevantes para promoção do autorreconhecimento. Para desenvolvimento da pesquisa sob abordagem do método dialético e o fenomenológico adotamos como técnica de coleta de dados o estudo de campo classificado como exploratório descritivo, dividido em duas fases, a primeira com aplicação de entrevistas aos professores da escola quilombola e à primeira professora da comunidade, e a segunda com levantamento de dados documentais junto a unidade escolar e à Associação de Remanescentes, após da aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa. Com a análise dos dados podemos compreender que múltiplos fatores obstaram ao autorreconhecimento da comunidade quilombola, dentre eles a dificuldade histórica para escolarização dos remanescentes, a ausência de formação específica dos professores na área étnico-racial, a ausência de professores quilombolas e a inexistência da autocrítica quanto a fragilidade do próprio sistema educacional.</p> <p> </p> <p> </p>Alcides Furtado BritoOtávio José Lemos CostaTiago Cartaxo de Lucena
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12485Desterrados em nossa própria terra
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<p>No contexto do enfrentamento do colonialismo e da colonialidade, o Povo Payayá r-existiu ao desterramento sistemático, à violência, aos estupros e à declaração de nossa extinção. Yapira, como lugar do “aqui” Payayá, emerge como Território Indígena em nosso movimento de retomada no final do século XX, de maneira ontológica e metafísica: possibilidade de ser (identidade) e responsabilidade (alteridade). O artigo discute o processo de desterramento como estratégia de dominação colonial, apontando para a importância do lugar para os processos de retomada dos povos indígenas.</p>Jamille da Silva Lima-Payayá
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12793AWA PAPEHAPOHA: um estudo sobre educação escolar entre os Awa Guajá/MA
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<p>Este artigo analisa o processo de implantação da escola entre os Awa Guajá, a partir de experiências localizadas em comunidades deste povo que contaram com a participação de membros do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Tal proposição é desdobrada em objetivos específicos: a) analisar as formas como, no contexto cultural Awa Guajá, a escola é organizada para responder aos interesses e intencionalidades deste povo e b) discutir os principais desafios enfrentados pelos Awa Guajá para a construção de uma educação escolar pautada em suas pedagogias e processos próprios de aprendizagem. A pesquisa foi realizada nas aldeias Awa e Tiracambu, T. I. Caru, município de Bom Jardim, MA e elegeu a pesquisa etnográfica como abordagem teórico-metodológica, utilizando duas estratégias principais: a análise de fontes documentais e bibliográficas e a pesquisa de campo, na qual se articulam recursos como a observação, o registro de depoimentos indígenas e o diário de campo. Os resultados mostraram que a escola foi implantada por uma demanda e necessidade expressa pelos Awa, a mesma foi organizada tendo como pressuposto uma metodologia participativa fundamentada no diálogo com a cultura, a língua, os saberes deste povo, construindo, portanto, práticas escolares aos modos de ser e educar dos Awa.</p>Rosana de Jesus Diniz SantosIARA TATIANA BONINMARILDA DA CONCEIÇÃO MARTINS
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12217Corpos-territórios das mulheres Guarani e Kaiowá: violência e colonialidade
https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12784
<p><em>A violência é um fenômeno multifacetado, que pode ser entendida a partir de seu caráter de uso e abuso de força física e excesso de poder, bem como lida conjunturalmente como se vinculando a colonialidade. O presente trabalho busca apresentar um quadro da violência sofrida por mulheres indígenas Guarani e Kaiowá no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul. Para isso, foi utilizado da pesquisa documental junto à jornais e documentos produzidos pela Kuñangue Aty Guasu, grande assembleia das mulheres do povo Guarani Kaiowá. Propõe-se discutir os dados a partir dos conceitos de colonialidade e corpo-território. Entre os principais resultados, observa-se que os munícipios que mais apresentam casos de homicídios de mulheres indígenas são Dourados e Amambai, bem como a importante presença de casos em aldeias. Os homicídios atingem mulheres de todas as idades e se grafam em seus corpos através de ferimentos brutais. Verifica-se ainda casos de intolerância religiosa contra rezadoras tradicionais, marcados por perseguições e torturas. Os dados expõem que a violência contra os corpos-territórios das mulheres Guarani e Kaiowá se pautam em uma territorialidade de violação e dominação estabelecida pela colonialidade. </em></p>Roberto Chaparro Lopes
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12784Mapeando deslocamento dos povos indígenas romeiros em Juazeiro do Norte, Ceará
https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12800
<p><em>Neste trabalho temos como objetivo apresentar os resultados advindos de um projeto de extensão, apoiado pela Universidade Regional do Cariri, a respeito dos deslocamentos e circuitos ritualísticos dos povos indígenas nas romarias de Juazeiro do Norte-CE. O foco do projeto foi mapear as diferentes etnias indígenas do Nordeste que se deslocam para as romarias na referida cidade. A formação socioespacial desse município tem suas bases ligadas à religiosidade alicerçada no catolicismo popular que provocou um contínuo e significativo adensamento populacional a partir do fenômeno das romarias. As romarias se iniciaram no final do século XIX, ampliando o fluxo de pessoas para a cidade. Os indígenas romeiros, sempre participaram desses movimentos, protagonizando deslocamentos e circuitos ritualísticos, no entanto, a presença destes raramente foi alvo de pesquisas. Nesse sentido, à luz de referencial teórico e informações geográficas obtidas em trabalho de campo, produção cartográfica sobre o deslocamento dos povos indígenas para romarias de Juazeiro do Norte, possibilitando uma análise socioespacial das presenças destes povos. As informações levantadas por meio desse contato, foram unidas à pesquisa bibliográfica realizada, proporcionando o mapeamento e as discussões que apresentamos neste texto.</em></p>Cassio Expedito Galdino PereiraMaria Raynara de Brito MacedoFabiana Gonçalves de SouzaFrancisco Joedson da Silva NascimentoEmerson Ribeiro
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.12800Um Enflorar na Organização de Mulheres Indígenas: Protagonismo e Narrativas da liderança Xiu Shanenawa
https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14474
<p>Trata-se uma entrevista com a Liderança Indígena Xíu, do Povo Shanenawa (Passáro Azul), do Estado do Acre.</p>Alessandra Severino da Silva ManchineryGemina Brandão Borges
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.14474“O mar e a terra são territórios”:
https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14532
<p>O Sr. Nildo Sacramento Bomfim, do Quilombo Pesqueiro Graciosa (BA), compartilha em sua entrevista os saberes e vivências transmitidos por gerações no território quilombola. Ele enfatiza a relação profunda entre a terra e o mar, destacando como as atividades de pesca e agricultura são interligadas ao cotidiano da comunidade. A oralidade, presente nas histórias contadas pelos mais velhos, é uma ferramenta crucial para preservar os conhecimentos tradicionais. Além disso, o Sr. Nildo reflete sobre os desafios enfrentados pelas lideranças quilombolas com pouca escolaridade, que, apesar de obstáculos, continuam a lutar por seus direitos. Ele destaca as lutas políticas que marcaram as últimas duas décadas e os principais conflitos atuais enfrentados pelo Quilombo Graciosa, como as violações de direitos e o impacto de projetos de exploração no território.</p>Andréa Souza BomfimRosânia Oliveira do Nascimento
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2024-12-232024-12-23132510.52521/geouece.v13i25.14532